Milhares de minas removidas

Fotografia: Weza Pascoal

Fotografia: Weza Pascoal

O ministro da Assistência e Reinserção Social anunciou quarta-feira em Tóquio, Japão, que já foram destruídas no país mais de 500 mil minas anti-pessoal e removidos mais de três mil engenhos explosivos.

João Baptista Kussumua, que também é coordenador da Comissão Interministerial para a Desminagem, esteve no Japão para avaliar a cooperação na área de desminagem em Angola, onde empresas japonesas estão engajadas na limpeza de áreas para desenvolver projectos sociais e económicos.
O ministro sublinhou que já foram instalados dez mil quilómetros de fibra óptica, reabilitados cerca de 107 mil quilómetros de estradas e concluídos 3.800 quilómetros de caminhos-de-ferro, que garantem a livre circulação de pessoas e bens entre as 18 províncias do país.

Encontros bilaterais

João Baptista Kussumua foi recebido por várias entidades, com destaque para o vice-ministro parlamentar do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Masakassu Hamachi, e pelo vice-presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Hiroshi Kato. João Baptista Kussumua teve um encontro de trabalho com o vice-presidente da empresa japonesa de Acção contra Minas (JMAS), Minoru Kono, e assistiu à demonstração em directo de destruição de minas.
A empresa JMAS opera em Angola na área da desminagem, na comuna das Mabubas, província do Bengo, em parceria com o Instituto Nacional de Desminagem. Ainda no decorrer da visita, o ministro foi recebido no Parlamento pelo membro da Câmara Baixa do Parlamento Japonês e membro do Comité de Amizade Angola/Japão, Hiromic Watanabe, e visitou depois o Museu Showakan, que retrata a reconstrução do Japão após a segunda guerra mundial.
A delegação deslocou-se à cidade de Hiroshima, local onde em 1945 os Estados Unidos lançaram a primeira bomba atómica, que matou cerca de 170 mil pessoas. João Baptista Kussumua recebeu do director- geral da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África, Nório Maruyama, informações sobre a perspectiva das autoridades japonesas criarem dez centros de formação no continente africano, cujos locais ainda não estão definidos. O ministro Kussumua apresentou formalmente Angola como um dos países candidatos a albergar um dos centros.

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