Planageo é impulso no sector de minas

Fotografia: Arimateia Baptista

Fotografia: Arimateia Baptista

O director nacional de Minas, André Buta, afirmou sábado que as pesquisas do Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO) estão concluídas em 60 por cento e, depois da conclusão, o país vai poder planificar a exploração mineira e prevenir os efeitos da exaustão dos recursos minerais e danos ambientais.

André Buta, que dissertava o tema “Os benefícios do Plano Nacional de Geologia”, na Conferência Internacional sobre Promoção de Investimentos na província de Malanje, lembrou que a estratégia do sector mineiro é assegurar ao investidor privado garantias de crescimento com as enormes potencialidades existentes no país, uma vez que as pesquisas vão permitir a exploração de minérios nos próximos 100 anos.
Quanto às pesquisas em Malanje, o director afirma que já está realizado 40 por cento do território e que o Ministério da Geologia e Minas pode emitir a curto prazo a carta geológica da província.
O Plano Nacional de Geologia vai ser desenvolvido durante cinco anos pela Empresa chinesa Citic, que é responsável por 25 por cento da área total, pela brasileira Costa e Negócios (37,5 por cento) e pelo consórcio formado pelas empresas Impulso, Instituto Geológico e Mineiro de Espanha e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal, que também detêm 37,5 por cento.
A execução do PLANAGEO abarca um investimento global de 40,5 mil milhões de kwanzas. O consórcio formado pela Impulso Industrial Alternativo, Instituto Geológico e Mineiro de Espanha e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal é responsável pela pesquisa para determinar o potencial mineiro da região sul e sudeste, que abrange as províncias do Namibe, Huíla, Cunene, Benguela, Huambo, Bié, parte do Cuando Cubango e parte do Cuanza Sul, numa extensão territorial de quase 470 mil quilómetros. A pesquisa vai também determinar o aquífero existente no deserto, o que pode permitir a prática da agricultura nesta e noutras zonas consideradas áridas.

Mina de Maua

A Empresa Nacional de Diamantes (ENDIAMA) prevê, ainda este ano, uma produção de 60 mil quilates na mina de Maua, localizada na província de Malanje, anunciou o administrador Paulo Mvika. O responsável da ENDIAMA disse ao Jornal de Angola terem sido  investidos 28 milhões de dólares na mina, que emprega 192 trabalhadores. Paulo Mvika, um dos oradores na Conferência Internacional de Promoção de Investimentos na província de Malanje, afirmou que a região possui um ambiente geológico favorável à existência de diamantes.
A ENDIAMA possui 24 concessões cadastradas, das quais Cangandala e Maua funcionam em plena actividade, enquanto 17 projectos estão em fase de avaliação. Paulo Mvika informou que estão a ser analisados alguns pedidos de licenciamento de cooperativas, duas das quais beneficiam de formação. Em relação aos projectos em curso, indicou o do Luaxe que, de alguma maneira, veio desorientar a organização quimberlítica mundial. O quimberlito do Luaxe, disse, tem um diâmetro de cerca de um quilómetro, uma área de 64 hectares e uma profundidade de 200 metros. Essas características, frisou, vão garantir uma posição privilegiada para Angola.
Ana Rizzo, empresária italiana do sector industrial, está interessada em investir na construção, infra-estruturas e turismo, para o desenvolvimento da província de Malanje. A empresária informou que a sua empresa possui várias filiais na Itália, com destaque para a região de Roma, no ramo da geologia, minerais e construção. Rizzo garantiu que a Itália está disponível para trabalhar em parceria com empresários de Malanje a fim de contribuírem para o bem-estar da população.

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