Produtos nacionais penetram no sector

Fotografia: Santos Pedro

Os sectores da Agricultura e Pescas vão intensificar o fornecimento de produtos nacionais à indústria petrolífera no quadro do Programa Nacional de Desenvolvimento (PND) que visa a inserção do empresariado nacional no sector dos petróleos, assegurou ontem, em Luanda, o ministro dos Petróleos.

Botelho de Vasconcelos, que discursava na II Conferência e Exposição Internacional sobre “Oil e Gás, desafio e oportunidade, parcerias e inovações”, disse que o programa tem como objectivo reduzir as importações de bens e serviços e garantir a diversificação da economia.

O PND prevê um conjunto de medidas que passam pela promoção e identificação de potenciais investidores estrangeiros que contribuam para a capacitação do empresariado nacional, bem como  incentivar a formação de quadros nas áreas de geociências e outras onde o país regista défice.
Para o ministro, a produção local é um instrumento de geração de riqueza e de trabalho, capaz de promover a competitividade e induzir a redução dos custos de empreendimentos e diminuir a dependência externa.
Botelho de Vasconcelos apelou às empresas operadoras e prestadoras de serviço à actividade petrolífera a colaborarem com o governo no processo de diversificação económica, através do fomento do conteúdo local  e do consumo de bens e serviços feitos em Angola. “O projecto de estratégia para inserção e fomento do empresariado  nacional no sector petróleo visa, por um lado, a redução das importações de bens e serviços e garantir a diversificação da economia, e, por outro, a identificação das fragilidades e dos riscos associados à política de promoção do conteúdo local de maneira que esta seja sustentáveis.”
A indústria petrolífera é o principal suporte da produção, representando um peso de 35 por cento no Produto Interno Bruto e mais de 90 por cento das exportações do país, o que torna a economia nacional vulnerável aos choques externos, afirmou o ministro dos Petróleos. Ontem,  a conferência foi marcada por  debates em torno do programa de  diversificação da economia com base nos recursos do petróleo.
O representante da Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera Angolana (AECIPA), Braúlio de Brito, disse que o Executivo deve definir normas e procedimentos que determinem a obrigatoriedade das empresas operadoras estabelecerem critérios de selecção de fornecedores.

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