Liderança angolana viabiliza Kimberley

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

Os Emirados Árabes Unidos iniciam nos próximos dias o mandato como vice-presidente do Processo Kimberley, depois de a Austrália ter formalizado a sua renúncia ao cargo, anunciou ontem, em Luanda, o presidente daquela organização internacional.

Bernardo Campos, que falava num  encontro com os diplomatas acreditados em Angola para apresentar os resultados dos trabalhos da organização e anunciar a vice-presidência, afirmou que foram feitos “esforços” para eliminar o impasse entre as duas candidaturas ao posto, o qual prevaleceu até Julho.
O responsável atribuiu este novo desenvolvimento à acção da presidência angolana do Processo Kimberley, que em Agosto iniciou consultas que terminaram com a eleição dos Emirados Árabes Unidos para o posto, país que na plenária da organização de 2016 assume a presidência da organização.
O presidente do Processo Kimberley declarou que Angola deixa registadas importantes contribuições para o desenvolvimento da organização, pela diligência na elaboração e adopção de decisões administrativas e as acções diplomáticas que permitiram o aumento da credibilidade do Processo.
Bernardo Campos apontou que, na vigência da sua presidência, Angola deu prioridade à retoma das exportações de diamantes da Republica Centro Africana, uma decisão votada pela maioria dos países participantes do Processo Kimberley. Essa decisão, considerou, aumenta a credibilidade dos esforços desenvolvidos por Angola e pela comunidade Internacional em benefício da paz, estabilidade e desenvolvimento económico e social da República Centro Africana e da Região dos Grandes Lagos.
O presidente do Processo KImberley revelou a iminência do início das exportações daquele país, abrangendo, numa primeira etapa, os diamantes produzidos antes do conflito e, depois, os das chamadas zonas verdes.    Angola mantém firme o engajamento na prestação de assistência técnica a Moçambique, enquanto candidato a membro do Processo  Kimberley, e  à Venezuela, que manifestou a intenção de reintegrar a organização, garantiu Bernardo Campos.
“O Processo Kimberley deve continuar a desempenhar o seu papel , monitorizando as actividades que envolvem os fluxos de diamantes brutos a nível mundial”, concluiu Bernardo Campos.
O presidente do Processo Kimberley afirmou que, ao longo do mandato de dois anos,  Angola mantém-se como o sexto produtor mundial de diamantes e o quarto em termos de valor, com uma média de 134 milhões de quilates, equivalente a 7,344 triliões de kwanzas.

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