Situação de segurança é calma

FOTO: LUCAS NETO

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O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general de exército Geraldo Sachipengo Nunda, afirmou, nesta segunda-feira, em Luanda, que “a situação de segurança no país é calma”, apesar do cenário de crise económica, causada pela baixa do preço do petróleo no mercado internacional.

Ao discursar na cerimónia de abertura da 3ª reunião do Comité de Defesa Angola e África do Sul, disse que Angola tem vários desafios, sendo fulcral ultrapassar a crise, para manter os índices de crescimento económico.

Informou que as Forças Armadas Angolanas (FAA) estão num processo de reedificação para adequar a sua estrutura orgânica às missões futuras, sublinhando que adoptam uma nova divisão territorial e modernizam o seu equipamento e armamento.

Além das suas missões tradicionais de garantir o respeito pela ordem constitucional e salvaguardar as instituições democráticas, referiu, as FAA têm ainda como missão o apoio às grandes acções do Executivo, tais como a desminagem do país, manutenção das vias de comunicação e participação em campanhas de combate às endemias.

Considerou, por outro lado, históricos os laços de cooperação com a África do Sul no domínio militar, sublinhando que, desde os primeiros anos da independência do país, ainda com o Presidente da República, Agostinho Neto, se dizia que na Namíbia e na África do Sul estava a continuação da luta.

Argumentou que o profundo sentido político e visão estratégica contidos nesta frase exortava à libertação total do Continente Africano e à emancipação e liberdade dos seus povos, marcando um passo importante nas relações entre os dois países.

Salientou que este relacionamento foi ainda mais cimentado com base nos propósitos determinados pelos líderes africanos na constituição da União Africana, na base dos quais Angola tem-se mantido solidária, contribuindo, nas diferentes organizações regionais a que está inserida, para a paz e a segurança no continente.

Contribuiu ainda para a garantia da democracia, do desenvolvimento económico e social e do bem-estar dos povos africanos, sublinhou.

Entende que estas questões revelam um empenho comum que transcende as fronteiras dos dois estados, porém implicam, necessariamente, o reforço das relações e da cooperação bilateral entre os governos e as instituições de defesa de ambos países.

Fez menção ao facto de, no presente século, terem surgido várias situações de instabilidade, novas teorias e organização assentes em ideias extremistas com as quais debatem os governos.

A par desta situação, referiu-se ao facto e o país estar perante a existência de uma profunda crise económica, financeira e social promotora de estabilidade, de insatisfação e descontentamento das populações.

A delegação das Forças de Defesa Nacional da África do Sul está em Angola em visita  para balancear os resultados alcançados e perspectivar novas metas, no sentido do reforço das decisões anteriores.

A 3ª reunião do Comité de Defesa Angola e África do Sul decorre até 15 do corrente mês, na capital angolana. A 2ª reunião do Comité de Defesa decorreu em Rustenburg , na República de África do Sul.

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