Sete empresas habilitadas para privatização de fazendas

SILOS DA FAZENDA CAMAIANGALA, PROVÍNCIA DO MOXICO FOTO: DAVID DIAS

SILOS DA FAZENDA CAMAIANGALA, PROVÍNCIA DO MOXICO
FOTO: DAVID DIAS

06 Novembro de 2019 | 12h52 – Actualizado em 06 Novembro de 2019 | 13h46

Sete empresas nacionais e internacionais estão habilitadas para participar no concurso público de privatização das fazendas agro-pecuários do Longa (Cuando Cubango), Cuimba (Zaire), Camaiangala (Moxico) e Sanza Pombo (Uíge).

Com a qualificação feita pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGAPE), as empresas concorrentes têm por obrigação a apresentação das propostas financeiras num prazo de 30 dias, de acordo com as regras do concurso.

De acordo com um documento do IGAPE a  que a Angop teve acesso, a fazenda do Longa conta com uma candidatura, a de Camaiangala, com três candidaturas, a agro-industrial do Cuimba, com cinco, e do Sanza Pombo, com três concorrentes.

A fase de apresentação das propostas de compra decorre até ao final deste mês (Novembro), devendo os documentos ser entregues à sede do IGAPE, de acordo com o documento.

As fazendas por dentro

As quatro fazendas agro-pecuárias de Camaiangala, Longa, Sanza Pombo e Cuimba, com aproximadamente 45 mil hectares, em processo de privatização, estão avaliadas em USD 110 milhões (cento e dez milhões de dólares norte-americanos).

De acordo com dados preliminares sobre a avaliação feita desses activos do Estado, a fazenda agro-industrial de Camaiangala está avaliada em 24 milhões dólares norte-americanos.

Localizada na província do Moxico, município de Camanongue, a fazenda de Camaiangala constitui a maior unidade produtiva projectada para região.

O seu projecto foi lançado no âmbito do Programa de Combate à Fome e Redução da Pobreza do Governo aprovado em 2010. A instalação em regime “chave-na-mão” foi adjudicada à empresa CEIEC – China National Electronics Import and Export, em 2011.

Por seu lado, a fazenda do Cuimba, situada na província do Zaire, ocupa uma área de nove mil e 784 hectares, dos quais cerca de dois mil e 140 hectares foram desmatados, limpos e gradados para produção agrícola.

Na referida fazenda estão instalados quatro pivots (em estado novo), que cobrem uma área total de aproximadamente 235,5 hectares.

Segundo a informação recolhida, nessa área foi semeado milho em regime de sequeiro.

Já a fazenda Sanza Pombo, localizada na província do Uíge, está avaliada em 22 milhões de dólares e ocupa uma área bruta de 9.433 hectares dos quais cerca de 25% foram desmatados, limpos e gradados para produção agrícola.

O objectivo inicial era destinar cerca de 500 hectares à irrigação por inundação para a produção de arroz, mas os recursos hídricos disponíveis não têm sido suficientes para a produção deste cereal.

Localizada no Cuando Cubango, a fazenda agro-industrial do Longa, é considerada uma das maiores unidades de produção de arroz instaladas no país.

Construído entre 2010 e 2012, a fazenda foi projectada para a produção de arroz em 1.500 hectares, dos quais 1.115 em regime de irrigação sob pivot, entre outros meios e infra-estruturas administrativa.

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), em representação do Ministério das Finanças (MINFIN), é o responsável deste processo de licitação, além de outros activos do Estado em Angola e no exterior.

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