Qualidade passa pela formação contínua

Fotografia: João Soares

Fotografia: João Soares

O Instituto Nacional de Educação Especial está a realizar até 10 de Outubro a primeira de três fases do curso de adaptações curriculares e planos educativos individuais, no âmbito da política de melhoria do acesso e da qualidade de ensino para os alunos com necessidades educativas especiais.

O curso conta com a participação de professores de todas as escolas especiais do país e foi inaugurado pela secretária de Estado para o Ensino Geral e Acção Social, Ana Paula Inês Fernando, que na sua intervenção pediu aos professores para se comprometerem com a formação contínua actualizada e serem capazes de utilizar diferentes recursos metodológicos com flexibilidade e criatividade.
“A melhoria da qualidade da aprendizagem, a valorização do professor, a expansão da rede escolar, o reforço da eficácia e a equidade do sistema de educação são os grandes objectivos do sistema de ensino em Angola.”
Ana Paula Inês Fernando referiu que com a formação recebida os professores vão dar uma resposta escolar de qualidade aos alunos com necessidades educativas especiais. “É com a capacitação dos professores que vamos conseguir alcançar a excelência com imparcialidade, igualdade de oportunidades e sem discriminação ou separação.”
A secretária de Estado para o Ensino Geral e Acção Social explicou que o trabalho do professor na sala de aulas continua a ser a variável determinante do processo de ensino e aprendizagem do aluno. “É preciso ter competências profissionais para ensinar e transmitir conhecimentos significativos aos alunos.

Competências do professor

As competências adquirem-se ao longo da carreira e da vida, por isso temos de aprender, o professor que não aprende não se actualiza e fica ultrapassado no tempo e constitui fraqueza e ameaça para o processo de ensino”, disse Ana Paula Inês Fernando. O director nacional do Instituto Nacional de Educação Especial, Jorge Pedro, informou que o curso ministrado tem a finalidade de conceber, implementar e avaliar planos educativos individualizados a alunos com necessidades educativas especiais, num quadro de diferenciação pedagógica tendo em vista a inclusão escolar.
Constantino Gama, coordenador provincial adjunto para a Educação Especial no Uíge, disse que têm sido implementados planos de inclusão dos alunos com deficiências. “Temos realizado palestras para sensibilizar os pais a levarem os filhos à escola. E capacitamos os professores para a inclusão dos alunos com deficiência no ensino especial.” Brígida Fernandes, professora do Ensino Especial em Cabinda, informou ter-se licenciado para trabalhar com crianças do ciclo normal de aprendizagem  mas decidiu mudar para o ensino especial depois de ter participado numa formação em Cabinda. “Fiquei encantada com a forma  como se ensina as crianças com deficiência. Tenho estado a aumentar as minhas aptidões e esta formação vai ajudar a melhorar as minhas capacidades como professora do ensino especial”, concluiu Brígida Fernandes.

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