PR aprova acordo financeiro de USD 75 milhões para Laúca

Albufeira da barragem hidroeléctrica do Laúca (arquivo) FOTO: PEDRO PARENTE

Albufeira da barragem hidroeléctrica do Laúca (arquivo)
FOTO: PEDRO PARENTE

Um acordo financeiro no valor de 75 milhões de dólares norte-americanos foi aprovado em Decreto Presidencial, para continuidade das obras do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, localizado na província de Malanje.

O referido acordo  financeiro  será celebrado  entre  Angola, representado pelo Ministério das Finanças  e o Banco de Desenvolvimento da África do Sul (DBSA).

Publicado em Diário da República, de 06 de Fevereiro, o diploma  justifica a necessidade  de  implementar  os projectos  integrados no programa   de investimentos públicos, no  âmbito  da política  de investimentos para o  desenvolvimento  económico e social  do país.

Inaugurada no  dia 04 de  Agosto de  2017, a construção da  barragem hidroeléctrica de  Laúca teve a duração de  cinco anos,  cumpriu com as condições de mitigação do impacto ambiental e social.

A construção do complexo hidroeléctrico compreendeu  o desvio do rio a partir de Junho de 2012, a construção  do corpo da barragem  que  tem 156 metros de altura (o equivalente a um edifício de 54 andares), sendo  capaz de armazenar mais de seis milhões de hectómetros cúbitos de água.

Foram  também  feitas  escavações de túneis, numa extensão de cerca de 21 quilómetros e construída uma central com dois mil e 70 megawatts.

Essa maior obra de engenharia civil e hidroeléctrica do país é um investimento do Estado angolano, avaliado em 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, e constitui mais do que o dobro da maior barragem em funcionamento, a de Cambambe, com 960 megawatts.

O aproveitamento de Laúca, um projecto estruturante do sector eléctrico, inserido no Plano Nacional de Desenvolvimento (2012-2017), vai debitar ao sistema eléctrico nacional dois mil e 70 megawatts, dos quais dois mil e quatro megawatts da central e 65 MW da central ecológica.

Duas das seis turbinas de 334 MW previstas já estão em operações, a terceira entra em funcionamento já em Março próximo.

Quando estiver totalmente concluída (em 2018), a barragem permitirá trazer estabilidade energética e dar-se início ao processo de interligação dos sistemas norte, centro e sul do país, e a produção crescerá na ordem de 122 por cento.

A partir da subestação de Laúca, de 400/200/60 KV, linhas de transporte de muito alta tensão sairão para as províncias do Huambo, passando pelo Waco Kungo (Cuanza Sul), e por Benguela, facto que impulsionará o desenvolvimento da indústria, agricultura, turismo e de outros sectores da actividade, tornando a economia nacional competitiva.

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