PR AFIRMA QUE ÁFRICA TÊXTIL “VEIO PARA DAR EMPREGOS AOS JOVENS”

Presidente da República, João Lourenço Foto: Pedro Parente

Presidente da República, João Lourenço
Foto: Pedro Parente

O Presidente angolano, João Lourenço, afirmou, este sábado, que o arranque da produção na fábrica África Têxtil vai proporcionar empregos aos jovens.

O Titular do Poder Executivo falava à imprensa momentos após testemunhar a retoma da produção daquela unidade fabril localizada na província de Benguela e que esteve paralisada durante 18 anos.

Precisou que, com o reinício da produção, haverá também o regresso de alguns trabalhadores antigos, o recrutamento de outros pela primeira vez, “tudo na base dos critérios que a entidade empregadora já definiu”.

A gestão da unidade fabril, localizada na zona industrial do Cavaco, ficou com uma empresa privada que ganhou o concurso.

João Lourenço aclarou que os critérios de admissão do pessoal não podem ser impostos pelo Estado.

“A entidade tem os seus critérios e vamos deixar que ela tenha a liberdade de selecionar e, na base destes critérios, vai fazer a selecção, formação e completar o seu leque de trabalhadores para tirar o melhor rendimento possível desta grande unidade fabril”, vincou.

Fez saber que essa empresa tem durante alguns anos a possibilidade de explorar essa unidade fabril, assim como a “Comandante Bula”, ex-SATEC, no Dondo, província do Cuanza Norte.

“O Estado deixa de ter despesas. Portanto, todo o investimento daqui para frente, em matéria- prima e outro tipo de investimentos, será feito pela entidade gestora”, aclarou.

Segundo o Presidente da República, o Estado não só deixa de investir, como passa a ganhar, através dos impostos que a empresa tem obrigação de pagar.

“Portanto, as divisas serão do investidor. Mas quando digo que as dívisas serão do investidor obviamente que quem está a operar em Angola tem de comprar dívisas em Angola, não vai comparar dívisas noutro país”, elucidou.

Informou que o sistema bancário vai vender dívisas à unidade fabril, cujo arranque se enquadra no Programa de Privatizações (Propriv).

“Se (o sistema bancário) vende a outras indústrias, com certeza que não deixará de vender também a esta importante unidade que veio para dar emprego aos nossos jovens”, exprimiu.

Reconheceu, entretanto, que as condições não estão criadas por completo, mas entende que o mínimo de condições existem para que se dê o arranque da fábrica.

O Estadista angolano precisou que as orientações estão dadas, quer em relação a essa unidade, quer com as de Luanda e do Dondo.

Mais de dois mil postos de trabalho em vista

Com 175 trabalhadores, a unidade industrial opera de forma experimental. Quando entrar em pleno funcionamento, prevê a criação de cerca de dois mil 200 postos de trabalho directos, em três turnos.

Vocacionada para a transformação de algodão em fios e tecidos, para multiplos usos, a unidade industrial tem uma capacidade instalada de produção de sete milhões 350 mil toalhas de banho/ano e sete milhões 680 mil lençóis/ano.

Nos primeiros 12 meses, a produção será assegurada pela importação de matéria-prima, findo os quais a fábrica recorrerá à oferta nacional.

Para a recuperação da fábrica, o Executivo angolano investiu mais de 400 milhões de Dólares americanos, no âmbito de um acordo financeiro estabelecido entre o Governo angolano e o  banco japonês JBIC.

Para o seu funcionamento, a fábrica, inaugurada a 14 de Abril de 1979 pelo primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, tem um custo em insumos estimado em três milhões de Dólares por semestre.

Actualmente, a África Têxtil é gerida pela BAOBAB Coton Group, com sede no Zimbabwe,  que tem direito de exploração e gestão por um período de 15 anos, com opção de compra  depois de 10 anos.

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