Potencial de madeira estimado em 57 milhões de metros cúbicos

FOTO: VALENTINO YEQUENHA

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Angola tem um potencial de madeira explorável estimado em 57 milhões de metros cúbicos, afirmou o ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga.

Numa entrevista à Angop, o principal gestor do sector da Agricultura do país disse que com este potencial o volume de madeira disponível para a exploração anual é de aproximadamente um milhão e 190 mil a um milhão e 207 mil metros cúbicos.

Deste potencial florestal explorável anualmente, segundo Afonso Pedro Canga, 340 mil metros cúbicos encontram-se na floresta natural e 850 mil de metros cúbicos na floresta plantada.

A propósito da exploração da madeira, referiu também que em 2015 o país produziu 125 mil metros cúbicos em toro, mas salientou que a produção e o potencial de Angola podem e vão crescer com os investimentos que estão em curso no sector privado e público.

No sector público, por exemplo, precisou que as estruturas do Ministério da Agricultura estão a capacitar os serviços do domínio florestal para poderem fazer a fiscalização e o controlo a fim de evitar a exploração ilegal.

Por outro lado, realçou que para a exploração da madeira é necessário criar condições para conter o impacto negativo na floresta, de tal maneira que a exploração seja sustentável.

“A exploração florestal implica um conjunto de condições, equipamentos, estradas, pessoal técnico e também empresários que tenham essa capacidade técnica e financeira e rigoroso controlo da actividade”, sublinhou Pedro Canga.

Polígonos Florestais

Nessa vertente, apontou que havia na década de 80 um potencial da área plantada de aproximadamente 150 mil hectares nos polígonos florestais, mas reduziu por várias razões, quer as áreas controladas pelo Ministério da Agricultura, Ambiente, Indústria e Transportes.

Visando recuperar o potencial dos anos anteriores, disse que estão a plantar e a reflorestar áreas para diversos fins, entre os quais ambientais, industriais, energéticos e de produção de madeira.
“Temos todo potencial para crescer. Temos um potencial da floresta plantada, os polígonos, principalmente no Planalto Central, que está a merecer novo enquadramento e tratamento, quer da sua protecção e exploração sustentável, mas também do aumento da área plantada”, afirmou.

Referindo-se ao Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), disse que se precisa aumentar a sua capacidade em matéria de fiscalização. “Os serviços de fiscalização do IDF têm algumas insuficiências materiais e também em termos de pessoal. São poucos os trabalhadores e muitos estão em idade de reforma”, observou.

Disse que os quadros do IDF em idade de reforma precisam de substituição porque já deram o suficiente e devem dar lugar aos jovens.

Afonso Canga deu a conhecer também que estão a trabalhar com alguma prudência, tendo em conta as dificuldades financeiras, para a substituição do pessoal em idade de reforma.

Realçou também que o Ministério do Ambiente está a fazer um bom trabalho no que diz respeito ao controlo das áreas de conservação florestal.

Legislação florestal

No domínio das normas que regulam a actividade florestal, está em curso, de acordo com o governante, um processo de adequação ou reformulação porque os últimos diplomas datam dos anos 50 e 60 do século 20.

Explicou que estão a trabalhar para que tenham uma nova Lei das Florestas e da Fauna Selvagem e que o ante-projecto já foi apreciado em Conselho de Ministros e agora merecerá discussão e aprovação da Assembleia Nacional.

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