País vai contar com rede eléctrica interligada

ARQUIVO: SUB ESTAÇAO ELECTRICA DO PROJECTO DA BARRAGEM HIDROELECTRICA DE LAÚCA FOTO: FRANCISCO MIUDO

ARQUIVO: SUB ESTAÇAO ELECTRICA DO PROJECTO DA BARRAGEM HIDROELECTRICA DE LAÚCA
FOTO: FRANCISCO MIUDO

16 Abril de 2018 | 19h16 – Actualizado em 16 Abril de 2018 | 18h54

O Presidente do Conselho de Administração da Rede Nacional de Transporte de Energia (RNT), Rui Jorge Gourgel, garantiu que o país contará com uma rede interligada de energia entre norte, centro e Sul, que vai trazer muitos benefícios para as referidas regiões.

O responsável que falava no âmbito de uma visita do ministro da Energia e Águas, efectuada no fim-de-semana à província de Benguela, disse que o processo de interligação está a decorrer em todo país com a construção da segunda central em Cambambe e a central de Laúca, onde as linhas estão a sair para as diferentes regiões do país.

“Nesta fase está a interligação entre o norte e o centro e sul, que dentro em breve vão assistir à melhoria também na região sul. A interligação com a região sul será feita no Lubango e a partir daí vamos derivar para Namibe, Cunene que são as áreas que constituem a região sul e no centro vamos assistir aos benefícios em Benguela, Huambo e Bie”, disse o responsável.

Rui Gourgel explicou que a subestação de Benguela é um ponto muito importante para estabilizar o transporte como a própria distribuição de energia nesta região e vai poder receber energia que é produzido na região norte com linha de muita alta tensão.

Deu a conhecer que com o projecto da subestação de Benguela-Sul vai se poder redistribuir para a região de Benguela, retirando a carga de linhas que estão sobrecarregadas e poder fazer uma melhor gestão de redistribuição da condução de energia dos centros de distribuição, o que vai dar maior fluidez de transporte na região.

O PCA da RNT considerou que o projecto iniciado em 2017 está praticamente concluído e a empresa que dirige vai pôr a distribuição da região de Benguela a partir da zona norte, cuja produção que é feita em Laúca.

Avançou que a energia praticamente está disponível, faltando a parte da distribuição que está em curso. Os projectos das linhas de 30 kilowatts logo que estiverem prontos a população vai começar a beneficiar destas energia e sentir as suas melhorias.

Por seu lado, o PCA da Empresa Pública de Produção de Electricidade (Prodel), José Neto, disse que o país está a produzir 3.700 Megawatts de energia e tem de consumo 2.4, cujo nível de produção supera a de consumo actualmente.

Explicou que do ponto de vista da produção de energia registou-se um nível superável com a conclusão dos projectos estruturantes e a nível das regiões principais há uma capacidade de atendimento satisfatória.

“Há constrangimentos, mas está ao nível da distribuição”, referiu o PCA, afirmando que para Benguela há uma capacidade instalada de cerca de 270 Megawatts e neste momento a disponibilidade ronda os 150 Megawatts, e o problema situa-se na linha de transportação e distribuição.

Realçou a paralisação do Biopio que é uma central com cerca de 60 anos de existência já no fim da sua vida útil, onde se registae indícios de degradação acentuada, estando paralisada para evitar qualquer acidente.

Já a PCA da direcção da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (Ende), Rute Sáfeca, acrescentou que a situação tem a ver com a linha de crédito da China que prevê a construção de quatro subestação para província de Benguela, nos municípios da Benguela, Baía-Farta, Catumbela e Lobito e a montagem de cerca de 111 Postos de Transformação (PT) e a ligação domiciliar a 22 mil e 500 clientes.

Realçou que a interligação da Benguela Sul e a da Baía-Farta vai propiciar melhores condições de distribuição e estabilidade, bem como a satisfação dos clientes nestas zonas.

Informou que foi feito uma consignação para o reforço da rede e para melhoria da estabilidade a nível do município do Lobito, projectos ao abrigo da Linha da Cozel, em que vão ser construídas uma subestação no Lobito e duas em Benguela, que vai propiciar e trazer alguma estabilidade no fornecimento a nível da rede de distribuição.

“Benguela é uma das grande praças e de todo importante que daqui para frente se dê uma atenção diferenciada à população de Benguela e sobretudo aos nossos clientes”, disse a responsável.

Referiu que a nível do plano de acção do Ministério da Energia e Águas que também está em coordenação com o programa do Executivo 2017/2022 prevê-se para a região centro, particularmente, para a província de Benguela, novas ligações onde neste período vão entrar muito mais clientes, ser feita mais ligações domiciliáries com a respectiva montagem de contador de pré-pagamento e no curto e médio prazo, que no ponto de vista do fornecimento de energia eléctrica vai melhorar substancialmente.

Considerou que o sistema pré-pago é dos sistemas que já venceu, não só do ponto de vista da aceitação dos clientes, mas também do ponto de visita das melhorias da receitas e da redução das perdas comerciais é estratégia da empresa, ministério e do Executivo a continuidade da massificação da montagem dos contadores.

Durante três dias, os responsáveis que integraram a comitiva do ministro da Eergia e Aguas, João Baptista Borges, visitaram quatro subestações eléctricas no âmbito do projecto da linha de crédito da China, inteiraram-se do grau de execução das obras da Central Híbrida do Bocoio, Central Hidroeléctrica do Biopio, assim como assistiram à consignação da empreitada do Projecto de Execução, Fornecimento, Montagem e Comissionamento das Instalações e Equipamentos Integrantes da Rede Eléctrica de Benguela – município de Benguela, Lobito e Baía Farta.

A visita ao aproveitamento Hidroeléctrico de Lomaun e Projecto de Reabilitação da Electrificação do Cubal, à subestação de Benguela Sul, ao Reservatório do 4 de Abril de Camatondo, estação de bombagem de água bruta e projecto das 45 mil ligações também constaram da agenda da comitiva.

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