Obras do Centro de Formação de Jornalistas terminam este ano

Ministro da Comunicação Social, Nuno Albino (esq), recebe explicações sobre execução do futuro Centro de Formação de Jornalistas FOTO: JÚLIO VILINGA

Ministro da Comunicação Social, Nuno Albino (esq), recebe explicações sobre execução do futuro Centro de Formação de Jornalistas
FOTO: JÚLIO VILINGA

22 Janeiro de 2020 | 19h15 – Actualizado em 23 Janeiro de 2020 | 10h26

As obras para a construção do Centro Regional de Formação Jornalística, em curso desde 2014, na província do Huambo, devem estar concluídas no final deste ano, informou hoje (quarta-feira) o ministro da Comunicação Social, Nuno Albino.

Em declarações à imprensa, após visitar o empreendimento, numa área de 78 mil e 142 metros quadros, o governante disse que os trabalhos de construção rondam, neste momento, em 45 por cento de execução física e 90 de cumprimento.

Nuno Albino admitiu que factores cumulativos estiveram na base do atraso da conclusão das obras, que devem terminar em finais deste ano, visto que o Ministério da Comunicação Social está a beneficiar de uma adenda, de modo a concluir com os acabamentos e o apetrechamento do futuro Centro Regional de Formação de Jornalistas.

O governante realçou que, depois de concluído, o centro deverá ser um espaço de formação de excelência em comunicação social, que poderá atender quer seja à Região Austral de África, quer à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Com isto, segundo o ministro, ter-se-á, neste espaço, uma instituição que venha a dar resposta de formação de qualidade dos profissionais e dos desafios da comunicação social e da governação.

O centro, com uma área reservada para a construção de 12.412,50 metros quadrados, acrescida de outros quatro mil e 228 de arruamentos, terá 16 salas de aulas, para 670 alunos, e contemplará uma secretaria-geral, salas de professores, de reuniões, gabinetes de apoio e de coordenação.

Em construção no bairro do Macolocolo, na 2.ª Zona Académica da Cidade do Huambo, capital da província com o mesmo nome, a obra abarca estúdios de rádio, de televisão e fotografia, sala de gravação, informática, redacção, área técnica, de montagem completa, de montagem simples e de maquilhagem, que servirão para os formandos aliarem a teoria à prática.

A infra-estruturação contempla, igualmente, 87 dormitórios, auditório para 300 pessoas, restaurante com uma esplanada para 340 lugares, anfiteatro aberto, biblioteca e casas de passagem do tipo T4, além de quadras desportivas, um edifício técnico, um posto médico, arruamentos, espaço verde, tratamento de águas residuais, parque de estacionamento com capacidade para 100 viaturas e 3,10 quilómetros de guias de betão/lancil.

Reestruturação no topo das prioridades

Noutra parte das suas declarações, Nuno Albino disse que, para além do Centro Regional de Formação de Jornalistas, o Ministério tem em carteira, para o período 2020/2022, quatro eixos, sendo que o primeiro está relacionado com o programa de modernização e reestruturação dos órgãos de Comunicação Social, com a inclusão da extensão, em todo o território nacional, do sinal da rádio e da televisão.

“Estamos a fazer uma série de visitas de trabalho a todo o corredor Sul do país, a fim de constatar e verificar as condições técnicas e analógicas dos meios e emissores, quer da rádio, quer da televisão, para avaliar e, sobretudo, ver a necessidade dos investimentos a médio e longo prazos, para o alcance dos objectivos preconizados, no quadro do Plano Nacional de Desenvolvimento”, salientou.

No caso particular da província do Huambo, segundo o governante, a prioridade consiste nas obras de construção do centro de jornalistas e da futura Gráfica regional, numa altura em que o Ministério está a radiografar todos os órgãos do planalto central, para não só constatar os equipamentos e as condições de trabalho, mas ver a possibilidade de se fazerem investimentos em termos de meios.

Referiu que a outra prioridade está relacionada com a formação de quadros e o reforço da proximidade e do diálogo com os profissionais da classe, além da divulgação, junto dos governos províncias, do processo de reestruturação de comunicação institucional, para que seja aceite, num pressuposto de padronização e uniformização, no âmbito da estratégia de comunicação institucional do Estado.

Acompanhado pelos presidentes dos conselhos de administração da ANGOP, da Rádio Nacional de Angola (RNA), da Televisão Pública de Angola (TPA) e das Edições Novembro, assim como do director do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), o governante manteve encontro, em separado, com a governadora da província, Joana Lina, e com os representantes de partidos políticos com assento na Assembleia Nacional.

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