National Geographic apresenta resultados da expedição Cubango/Okavango

KERLLEN COSTA, DIRECTOR ASSISTENTE DO PROJECTO DA NATIONAL GEOGRAPHIC FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

KERLLEN COSTA, DIRECTOR ASSISTENTE DO PROJECTO DA NATIONAL GEOGRAPHIC
FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

03 Abril de 2018 | 15h40 – Actualizado em 04 Abril de 2018 | 17h22

Mil e 50 amostras de plantas, três mil de peixes, 99 de répteis e anfíbios, 407 aves e 43 mamíferos foram apresentadas hoje (terça-feira) como resultados de uma expedição de conservação da bacia Cubango/Okavango, da National Geographic.

Os resultados da expedição foram anunciados pelo director assistente do Projecto, Kerllen Costa, durante um workshop sobre o potencial de conservação da torre de água do Cubango/Okavango/Zambeze.

De acordo com a fonte, foram recolhidas cerca de mil e cinquenta amostras de plantas, com mais de 40 observadores registadas, sendo 14 delas potencialmente novas e 18 recentemente registadas em Angola, incluindo dois novos registos genéricos.

Segundo ele, a equipe registou 15 espécies nunca anteriormente registadas na província do Bié, 24 no Cuando cubango, 106 no Moxico.

Em relação aos invertebrados, até à data, são conhecidos levantamentos sobre os invertebrados das nascentes angolanas, designadamente moscas das águas, potencialmente novas, observadas e outras ainda por identificar e classificar.

A fonte acrescentou que os peixes são mais de três mil, incluindo 94 espécies inseridas em 14 famílias, destas, cinco foram anteriormente registadas no sistema Okavango, duas das quais não estão descritas e outras três representam novos registos para África Austral.

Salientou que as qualidades não descritas incluem um bagre especializado em viver em zonas pantanosas de turfa e um novo de água doce.

Relativamente aos répteis e anfíbios, atingiram uma cifra de 99 espécies, representando 64 répteis, 30 serpentes, igual numero de lagartos, três de quelônios e um crocodilo e 35 anfíbios.

As aves também estão documentadas com, um total de 407 espécies, em dois levantamentos, propriamente em rios e três em zonas terrestres, quatro destas foram inclusas na lista de aves de Angola.

Entre os mamíferos foram recolhidas 43 espécies, desde sete morcegos, nove roedores e um musaranho, dentre estes, destaca-se a recolha do rato endémico angolano. Dados acústicos demonstram a existência de pelo menos 27 espécies de morcegos.

O relatório apresenta as conclusões preliminares das expedições científicas realizadas em Angola, em 2015 a 2016 pelo projecto da National Geographic.

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