Ministro nega interferência do Estado na vida interna das igrejas

Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Manuel Monteiro de Queiroz

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, negou, recentemente, no Brasil, haver interferência do Estado Angolano na vida interna das confissões religiosas.

“O  Estado Angolano  é laico, não  interfere na vida interna das confissões religiosas, respeita a liberdade de cada um e tem o papel de salvaguarda  do cumprimento da Lei”, disse, em Brasília, o ministro Francisco  Queiroz.

O governante,  que cumpriu uma visita  ao Brasil, durante a qual manteve  encontros de trabalho com o ministro Brasileiro da Justiça  e Segurança Pública e com o secretário Geral do Ministério das Relações, reafirmou esta posição quando questionado sobre a  Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.

“A posição do Estado Angolano com relação a esta igreja é clara, não mudou, o comprometimento é o mesmo para com a Constituição e a Lei. O conflito  é interno. Devem  ser os fiéis,  ao abrigo dos seus estatutos,  a resolver internamente os seus próprios problemas”, acrescentou.

De acordo com Francisco Queiroz, o Estado  somente deve intervir, desde e quando as práticas resvalem no incumprimento da Lei e  a estabilidade e integridade  pública estejam em risco.

Francisco Queiroz reconheceu que houve tentativas de influenciar o papel do Estado, ao se querer conferir ao conflito um carácter diplomático.

O governante  destacou a longa e profunda relação de amizade  e cooperação entre Angola e o Brasil.

Na ocasião, Francisco Queiroz abordou, igualmente,   o processo de emissão de bilhetes de identidade e as perspectivas  do processo eleitoral na diáspora, tendo manifestado a sua satisfação pelo nível de organização constatado e de aderência da comunidade.

“É uma experiência nova. A Constituição  da República foi alterada para que os angolanos no estrangeiro  pudessem  exercer o seu direito de voto. É um imperativo Constitucional. O Estado tem  de se organizar para garantir este direito aos Cidadãos, as indicações são boas. O Ministério da Justiça e Direitos Humanos está a fazer a sua parte”, sublinhou o ministro.

De notar que, durante a sua permanência em Brasília, Francisco Queiroz  foi condecorado com a  Comenda de Grau Grã Cruz, Quadro Especial, a mais alta distinção do Ministério Público Militar Brasileiro.

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