Mincult quer universidades em acções de investigação sobre património nacional
18 Julho de 2018 | 15h08 – Actualizado em 18 Julho de 2018 | 17h11
A secretária de Estado da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, solicitou nesta quarta-feira, no Lubango (Huíla), a intervenção das universidades, como centros de investigação por excelência, no processo de recuperação, manutenção e elaboração de projectos de investigação científica para aprofundar o conhecimento sobre o património histórico-cultural angolano.
De acordo com a responsável, que falava na cerimónia de abertura XXVIII Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, que tem como lema “ Património Histórico do espaço Lusófono, Ciência, Arte e Cultura”, numa promoção da Universidade Mandume ya Ndemufayo, se pretende aproveitar a experiência investigativa das instituições de ensino superior para que esse desiderato seja alcançado com êxito.
Maria da Piedade de Jesus reafirmou o compromisso do Ministério da Cultura de proteger e promover o património cultural, pois continuar-se-á o processo de inventariação e classificação, a mobilização de recursos financeiros para a sua recuperação, manutenção e elaboração de investigaçõescientíficas para aprofundar o conhecimento sobre os mesmos.
O Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, para o Sector da Cultura, avançou, prevê um conjunto de acções que contribuirão para a protecção e promoção do património.
Apontou, como exemplo, a finalização das obras e entrada em funcionamento do novo edifício do Arquivo Nacional de Angola, a construção da Biblioteca Nacional, de três bibliotecas provinciais e a construção de três museus.
Relativamente a situação linguística actual de Angola, Maria da Piedade de Jesus afirmou que é caracterizada pela coexistência entre a língua portuguêsa e as línguas angolanas de origem africana.
“O programa do governo angolano favorece o plurilinguismo e promove o desenvolvimento equilibrado do português e das demais línguas angolanas, vectores de expressão, de desenvolvimento, de educação, de formação e de informação”, asseverou.
O governo angolano defende a formulação de políticas linguísticas que tenham em conta a incontornável complementaridade entre as diversas línguas maternas de Angola.
Durante o evento estarão em abordagem temas ligados ao património histórico, científico, linguístico, cultural e artístico dos países lusófonos.