Luanda ganha centro de acolhimento para famílias vulneráveis

GOVERNADOR DE LUANDA, SÉRGIO LUTHER RESCOVA(ARQUIVO) FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

GOVERNADOR DE LUANDA, SÉRGIO LUTHER RESCOVA(ARQUIVO)
FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

30 Março de 2020 | 18h49 – Actualizado em 30 Março de 2020 | 19h41

Um centro provisório com capacidade para 250 pessoas, para acolher crianças de rua e adultos, em situação vulnerável, foi aberto hoje (segunda-feira), no Bairro dos Ramiros, município de Belas (Luanda), pelo governador Sérgio Luther Rescova.

O centro provisório, montado nas mesmas instalações da Casa da Juventude dos Ramiros, visa acudir essa franja da sociedade, no âmbito das medidas preventivas contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Neste espaço estão acolhidos cidadãos dos municípios de Luanda, Belas e Talatona, estando previsto, segundo o governador, que falava à imprensa, a abertura de locais do gênero nos municípios de Cacuaco e Viana, com capacidade para 300 pessoas.

Na ocasião, Sérgio Luther Rescova disse que estão a ser criadas condições preventivas para esse grupo de cidadãos vulneráveis que, vivendo nas ruas, estão expostos a contraírem o vírus do covid-19 e podem ser veículos de contaminação de outras pessoas.

Inicialmente, o grupo alvo são crianças, mas, apontou o governador, muitas delas estão acompanhadas dos seus progenitores e, nestes casos, não podem ser separadas, daí que os adultos também estão a ser recolhidos das ruas.

No entanto, o governante informou que no município de Viana será criado um local especializado para receber idosos, um dos segmentos da sociedade com maiores riscos, permitindo que essas pessoas em condições de vulnerabilidade sejam separados dos demais, em função das recomendações sanitárias.

O município de Cacuaco, prosseguiu, terá um centro, com capacidade para 100 crianças. Este centro carece de condições para acomodar adultos.

Disse ainda que o Governo de Luanda está a associar esse trabalho um conjunto de acções que visam localizar os familiares destas crianças, porque nem todas estão na rua por falta de família.

Indica que na medida que forem recolhidas as crianças nas ruas, algumas serão encaminhadas para o convívio familiar e outras, sem família, continuarão a ser entregues aos centros preparados para o efeito.

Angola já registou sete casos positivos de Covid-19, dos quais dois resultaram em mortes.

FacebookTwitterGoogle+