João Lourenço reafirma que relações com Portugal “estão boas”

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO  FOTO: FRANCISCO MIUDO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO
FOTO: FRANCISCO MIUDO

04 Julho de 2018 | 18h50 – Actualizado em 04 Julho de 2018 | 18h43

O Presidente da República, João Lourenço, reafirmou hoje que as relações bilaterais com Portugal estão boas e que antes do fim deste ano receberá o primeiro-ministro português, António Costa, em Luanda.

Em declarações à imprensa depois de ter discursado em sessão solene do Parlamento Europeu em Estrasburgo, o estadista angolano explicou que a visita oficial do primeiro-ministro português, ainda sem data fixa, a Luanda nada tem a ver com o “caso Manuel Vicente”.

“As visitas a este nível de chefes de Estado têm de ser preparadas com uma certa antecedência. Nós acordámos com as autoridades portuguesas que antes da minha deslocação a Portugal devo receber o primeiro-ministro português em Angola.

Este processo está em curso. Posso garantir que, de acordo com a agenda do próprio primeiro-ministro António Costa, ainda este ano a visita vai acontecer”, disse.

De acordo com João Lourenço, citado pela agência Lusa, tudo depende do “acerto de calendário”.

Quando questionado se tem a ver com o processo judicial que envolve o  ex-vice-presidente Manuel Vicente, acusado de corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documento, o Presidente respondeu “absolutamente não”.

Quanto a um dos focos do discurso no Parlamento Europeu, disse que nenhum governante quer ver os seus filhos abandonar o país e sobretudo naquelas condições desumanas em que o processo está a decorrer.

“Imigrações sempre houve no mundo, mas não nestas condições, com perdas de vidas humanas durante a travessia. Ninguém quer que os filhos da sua pátria e do seu continente passem por uma privação tão grande quanto esta”, referiu João Lourenço.

O Presidente João Lourenço disse que há matérias de “interesse comum” nas relações com a União Europeia que importa discutir, destacando a dos fluxos migratórios, uma questão que admitiu ser motivo “de vergonha”.

FacebookTwitterGoogle+