Investidores para o metro de superfície

Fotografia: DR

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Mais de dez mil milhões de dólares vão ser investidos, nos próximos anos, no mercado angolano, pela Royal Crown, um consórcio de financiadores estrangeiros, que pretende investir em infra-estruturas eléctricas e ferroviárias em Luanda.

Constituído por norte-americanos, asiáticos e europeus, o grupo esteve ontem na sede do Governo de Luanda para apresentar os projectos a serem desenvolvidos na capital do país.
No encontro com o vice-governador para Esfera Económica, José Cerqueira, e com o presidente da empresa angolana Katukal, Alberto Afonso, a directora-geral do consórcio de financiadores estrangeiros afirmou que o objectivo do grupo é participar na melhoria de todos os projectos sociais em Angola, com destaque para infra-estruturas no sector de energia eléctrica e de transportes de metro de superfície.
“Queremos financiar dez mil milhões de dólares em infra-estruturas e energia eléctrica, mas estamos agora a depender apenas dos acordos com os parceiros nacionais”, frisou Grace Yaba, que conta várias participações em vários projectos similares noutros mercados africanos. José Cerqueira disse que o encontro com empresários que actuam em diversos continentes como Ásia, América, Europa e África, constitui uma oportunidade ímpar que deve merecer atenção especial das autoridades angolanas.
Para o vice-governador, a intenção do consórcio é investir em Luanda para a melhoria do transporte urbano como é o caso do metro de superfície que se vai  estender ao Dande e ao futuro Aeroporto Internacional de Luanda. A necessidade de  criar uma equipa da parte angolana para trabalhar com o consórcio, com vista a definir os parâmetros de conformidade do investimento com o Plano de Desenvolvimento Metropolitano de Luanda.
José Cerqueira mostrou-se optimista com a possibilidade do início das obras em 2018, que podem durar entre cinco e dez anos, de forma faseada.
Alberto Afonso, presidente da empresa angolana Katukai, que convidou o consórcio, disse que, em caso de se firmarem acordos, passa a ser uma vantagem  para melhorar a circulação rodoviária e mobilidade urbana, bem como proporcionar empregos.
O projecto sobre a construção de metro de superfície em Luanda faz parte de um pacote de medidas que visa a melhoria da mobilidade na capital do país, com a ligação do novo aeroporto e das novas centralidades ao centro da cidade.
No final de 2015, o Governo previa investir cerca de 40 milhões de euros, a partir do ano seguinte, em estudos que envolvem a reestruturação dos sistemas de transporte em Luanda, entre os quais a construção de um metro de superfície.

 

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