Governo combate garimpo diamantífero até 2020

CAMIÕES TRANSPORTAM GARIMPEIROS ILEGAIS DE DIAMANTES NA LUNDA NORTE FOTO: HENRI CELSO

CAMIÕES TRANSPORTAM GARIMPEIROS ILEGAIS DE DIAMANTES NA LUNDA NORTE
FOTO: HENRI CELSO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13 Outubro de 2018 | 14h52 – Actualizado em 13 Outubro de 2018 | 21h31

O governo angolano reafirmou o desafio de combater a imigração ilegal, exploração e tráfico ilícito de diamantes, até 2020, com a criação da operação “transparência”, assumida pelos órgãos de segurança e ordem interna, disse neste sábado o governador da Lunda Norte, Ernesto Muangala.

Durante uma conferência de imprensa de balanço pré-eliminar da operação iniciada a 25 de Setembro do corrente ano, precisou que se vai encerrar as casas de vendas de diamantes e prender seus mentores, assim como expulsar imigrantes ilegais endémicos nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Cuando Cubango, Moxico, Malanje, Uige e Bié.

O governador justificou a realização da operação, que já prendeu mais de 200 mil imigrantes estrangeiros ilegais, com a necessidade de se reorgarnizar a exploração semi-industrial de diamantes no país.

De iniciativa do Presidente da República, a Operação transferência prevê expulsar todo o estrangeiro em situação irregular no país e que financia a exploração ilegal de diamantes, além de punir os cidadãos nacionais que auxiliam a imigração ilegal, pondo em risco a soberania angolana e a economia nacional.

Depois de se reorganizar a exploração semi-industrial, cujos prejuízos são intangíveis até ao momento, o governo passará o processo aos angolanos, sobretudo jovens, para diminuir o desemprego nesta província, cujas cifras rondam entre 50 mil pessoas sem empregos, maioritariamente jovens, segundo ainda o governador.

Até agora, o processo levou ao encerramento de mais de 100 casas de comercialização ilegal de diamantes na Lunda Norte, nos municípios do Lucapa, Cuango, Cangulo e Xá Muteba, 200 mil imigrantes ilegais deixaram voluntariamente o país, enquanto outros sete mil foram repatriados, maioritariamente para a República Democrático do Congo (RDC), e com menor expressão seguem os do Congo, Mali, Eritreia e Mauritania.

Os meios apreendidos durante a operação transparência serão penhorados pelo Estado angolano, com excepção a aqueles que se provem legais, mediantes procedimentos administrados, acrescenta o governador provincial.

Enquanto durar o processo de reposição da ordem no sector da extracção artesanal dos diamantes dominado por Congoleses democrático, cujo país vizinho partilha uma fronteira de 770 quilómetros, 120 dos quais fluviais, o governo provincial cessou a cedência de licenças. Até o ano passado tinham sido emitidas 100 licenças.

Desde o início da operação transparência – 25 de Setembro – até 4 de Outubro corrente, foram recuperados três mil diamantes de vários quilates, 80 mil dólares norte americanos, dois milhões e meio de Kwanzas, além da detenção de 150 viaturas de diversas marcas usadas nas áreas de garimpo.

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