Governo anuncia campanha de marcação da Palanca Negra Gigante

Palanca Negra Gigante

Uma operação de censo e marcação da Palanca Negra Gigante, com a duração de duas semanas, está marcada para Julho de 2022, com vista a monitorização e preservação permanente dos animais a nível do Santuário de Cangandala.

Localizado a 50 quilómetros a sul da cidade de Malanje, limitado a norte pelo rio Cuije e a sul pelo rio Cuque, o Parque Nacional de Cangandala conta actualmente com 90 Palancas Negras Gigantes.

O local construído para garantir a segurança, melhorar o desempenho reprodutivo e a recuperação da população de palancas tem uma cobertura de quatro mil e 400 hectares.

No que toca ao reforço da segurança, o parque beneficiado de 69 novos fiscais, somando actualmente 85, sendo que 30 serão colocados na reserva integral do Luando.

Para o engenheiro Pedro Vaz Pinto, da Fundação Kissama, que falava no workshop sobre o Estado actual de Conservação da Palanca Negra Gigante, a operação de censo e marcação vai ainda ter um pendor científico destinado a estudos sobre a história evolutiva, hábitos alimentares e reprodução.

Em relação ao projecto da palanca 2012-2019, informou que permitiu a localização de todas as manadas do Luando, bem como a colocação de 45 coleiras GPS e 22 VHF.

Por sua vez o administrador do Parque Nacional de Cangandala, Victor Paca, referiu que a maior preocupação tem que ver com a falta de água, tanto para o ser humano (fiscais) e os animais.

“Neste momento, três furos secaram. É de máxima urgência a reposição dos furos, atendendo a realidade que se vive”, referiu.

Já o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, referiu o workshop serviu de para conhecer alguns problemas de carácter ambiental, no que toca a preservação e da sustentabilidade ambiental como factor de cultura e desenvolvimento.

A descoberta científica dos primeiros exemplares da Palanca Negra Gigante (Hippotragus niger variani) ocorreu em 1909, numa acção promovida por Frank Varian, enquanto a sua descrição científica foi em 1916.

Em 1916, foi decretada a proibição da caça, no distrito do Cuanza, enquanto a sua inscrição na Lista Vermelha de Protecção aconteceu em 1933.

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