Gestores eficientes são necessários

Fotografia: João Gomes | Edições Novembro

Fotografia: João Gomes | Edições Novembro

Angola precisa de gestores e administradores eficientes, tanto no sector privado como no público, para fazer face ao processo de transição da reconstrução nacional para o de desenvolvimento moderno, disse em Luanda o ministro da Administração do Território.

Bornito de Sousa, que falava no sábado no acto de apresentação pública da Associação dos Gestores e Administradores de Angola (AGAA), referiu que para o alcance com sucesso de tal objectivo, estes precisam de ser bem treinados e alinhados às práticas de gestão modernas. Para o ministro, não bastar fazer ou edificar escolas, hospitais, portos, aeroportos, edifícios institucionais, barragens hidroeléctricas, centrais de produção e de tratamento de águas.
Bornito de Sousa disse que é necessário assegurar a sua manutenção, o seu correcto funcionamento quotidiano e sustentabilidade económica e financeira. “Uma boa gestão é ainda mais necessária e exigida em Angola, tendo em conta a situação de crise económica mundial a que o país não está à margem”.
Bornito de Sousa reiterou a necessidade de formação dos gestores e administradores, quer públicos quer privados, para que estes se mantenham alinhados com os melhores e mais avançados padrões de gestão, dando seguimento ao momento actual de transição mundial para a chamada “Quarta Revolução Industrial”.
O ministro da Administração do Território espera que, em tempo oportuno, a Associação dos Gestores e Administradores de Angola evolua para uma ordem da classe.
Criada no dia 14 de Setembro de 2016, a AGAA conta com mais de três mil associados a nível da capital do país   e núcleos provinciais nas demais regiões de Angola.
Na cerimónia de apresentação pública foram abordados temas como “O papel da gestão e administração no contexto nacional e internacional do desenvolvimento económico e social”, “A economia nacional e internacional no contexto actual”, “O contributo do profissional de gestão e da administração no desenvolvimento das instituições públicas e privadas” e “A gestão e administração estratégica em tempo de crise – experiência de Israel”.

Administração para o cidadão

O secretário de Estado para os Assuntos Institucionais apelou sexta-feira aos gestores municipais e de unidades urbanas para desenvolverem, todos os dias, uma administração local voltada cada vez mais para o cidadão e que resolva os seus problemas.
Adão de Almeida, que discursava no encerramento do curso de gestores municipais e de unidades urbanas, no Instituto de Formação de Administração Local, afirmou que o cidadão não precisa de uma administração excessivamente burocrática, onde encontra mais problemas que soluções. “Precisamos de uma administração capaz de criar credibilidade no cidadão. O cidadão tem que olhar para a administração e sentir que do outro lado tem alguém que merece respeito e  responsável para com o exercício das suas funções”, disse, acrescentando que “todos somos servidores públicos e a expressão servidor representa alguém que está para servir o cidadão, que é o destinatário dos nossos serviços e a razão de ser das nossas funções”.
No curso, em que participaram 36 administradores, Adão de Almeida lembrou aos formandos que esse exercício exige uma administração mais criativa e proactiva que não se esgote nos paradigmas e seja capaz de olhar sempre para a frente.
O secretário de Estado lembrou o momento que o país atravessa, marcado por uma diminuição da receita pública, que  afecta a capacidade de intervenção na resolução dos problemas. “Diante da crise, temos sempre opções e caminhos que cabe a nós decidir se ficamos à espera que a receita melhore ou se encontramos soluções para a resolução dos problemas dos cidadãos, mesmo no actual quadro”, disse. Adão de Almeida apelou ao engenho dos gestores para, mesmo com as dificuldades envolvendo outras alternativas, encontrarmos solução para os diferentes problemas. A solução, disse, é continuar a batalha, procurar soluções e continuarmos a trabalhar para resolvermos os problemas dos cidadãos.
Um dos grandes desafios, segundo o secretário de Estado, é fazer cada vez mais uma administração local séria e mais responsável e oferecer aos cidadãos credibilidade.

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