Estudo da National Geographic carece de protecção

ADJANY COSTA, DIRECTORA DO PROJECTO DA NATIONAL GEOGRAPHIC OKAVANGO-ZAMBEZE FOTO: PEDRO PARENTE

ADJANY COSTA, DIRECTORA DO PROJECTO DA NATIONAL GEOGRAPHIC OKAVANGO-ZAMBEZE
FOTO: PEDRO PARENTE

10 Maio de 2018 | 13h22 – Actualizado em 10 Maio de 2018 | 13h20

A importância das fontes e nascentes para a hidrologia e funcionamento ecológico, o potencial de gestão de recursos naturais ao nível comunitário, são algumas das medidas que devem ser adoptadas para proteger a área central de estudo da National Geographic Okavango-zambeze (NGOWP).

Essa opinião foi manifestada hoje, quinta-feira, em Luanda, pela directora do projecto da National Geographic Okavango-zambeze, Adjany Costa, a propósito do relatório base dos resultados preliminares da National Geographic da Vida Selvagem Okavango.

Na sua óptica, se for protegida parte ou totalidade da área central de estudo, estes importantes sistemas fluviais continuarão a suportar as exigências regionais de abastecimento de água, o desenvolvimento agrícola e industrial, a pesca sustentável, a geração de energia hidroeléctrica, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento do turismo.

Na mesma senda, frisou enquanto não se verificar tal protecção, a desertificação continuará e será impossível a subsistência com base na agricultura de “corte e queima” para o cultivo da mandioca e na escalada do comércio de carne de animais selvagens.

“Quaisquer medidas para proteger estas nascentes devem ser apoiadas por todos os Estados membros da Área de Conservação Transfronteiriça Kavango-Zambeze (Kaza-TFCA): Angola, Namíbia, Botsuana, Zâmbia e Zimbabwe”, disse a responsável.

Uma vez que estiverem protegidas as nascentes da bacia hidrográfica do Okavango e for estabelecido um vasto corredor de vida selvagem entre as nascentes e o próprio Delta Okavango, podem ser realizadas candidaturas à UNESCO, para alargar a lista de Património Mundial a toda bacia hidrográfica de Angola, Namíbia e Botsuana.

Considerou que todos estes rios importantes são originários do planalto central de Angola, onde se localiza a área central de estudo do projecto e a figura política do National Geographic da Vida Selvagem Okavango, de estabelecer uma cooperação à escala da bacia.

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