ENI PREVÊ INVESTIR SETE BILIÕES DE DÓLARES EM ANGOLA ATÉ 2025

Presidente João Lourenço recebe Presidente Da ENI Foto: Francisco Miúdo

Presidente João Lourenço recebe Presidente Da ENI
Foto: Francisco Miúdo

A petrolífera italiana ENI-SPA anunciou esta terça-feira, em Luanda, que pretende investir, nos próximos quatro anos, sete biliões de dólares na pesquisa, produção, refinação e energia solar.

A informação foi prestada à imprensa no final de uma audiência que o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, concedeu ao presidente do Conselho de Administração da ENI-SPA, Claudio Descalzi.

À saída do encontro, o presidente executivo de Upstream da ENI, Guido Brusco, adiantou que na audiência João Lourenço e Claudio Descalzi analisaram os projectos para a produção de gasolina e diesel biológico.

Trata-se de projectos que deverão impulsionar a agricultura e reduzir as emissões de carbono.

Guido Brusco afirmou que a província do Namibe poderá contar, dentro de um ano, com um projecto de produção de 50 megawatts para substituir o sistema eléctrico a diesel, que permitirá poupar quatro vezes mais do que se gasta actualmente.

Guido Brusco disse acreditar que os investimentos, em curso, garantirão um grande número de empregos, principalmente, no domínio da agricultura.

Disse ter reportado, igualmente, ao Presidente da República os sucessos alcançados na implementação de vários projectos na área da pesquisa e produção, nos últimos três anos.

No domínio social, prosseguiu, estão em cursos em Cabinda, Huíla e Namibe projectos para facilitar o acesso à água potável e energia eléctrica, bem como para a melhoria dos serviços de saúde.

Adiantou estar, ainda, previsto, o início de um programa de treinamento de mais de 600 médicos nas províncias de Luanda e em Cabinda, com o concurso de especialistas italianos e angolanos.

Acrescentou que o arranque do projecto para os médicos foi afectado pela pandemia covid-19.

Presente em cerca de 70 países, a multinacional italiana opera em Angola desde 1980 e iniciou a produção de petróleo em 1991.

Angola é um país central para o crescimento estratégico nas operações globais da ENI, com cerca de 350 funcionários no país.

No terceiro trimestre de 2020, a petrolífera produziu 1,7 milhões de barris diários, registando uma redução de 10 por cento em relação ao período homólogo (1,74 milhões de barris por dia).

Em Janeiro de 2020, a ENI obteve uma nova licença de exploração e produção na bacia inexplorada do Namibe (offshore). A operar no Bloco 28, a empresa possui 60 por cento de participação.

A ENI detém, também, uma participação de 13,6 por cento no Angola LNG, que opera uma planta de gás natural liquefeito, localizada no Soyo, província do Zaire.

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