Corpo diplomático reconhece melhoria do ambiente de negócio

HAVARD HOKSNES, MINISTRO CONSELHEIRO DA EMBAIXADA DA NORUEGA EM ANGOLA FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

HAVARD HOKSNES, MINISTRO CONSELHEIRO DA EMBAIXADA DA NORUEGA EM ANGOLA
FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

04 Julho de 2018 | 15h00 – Actualizado em 04 Julho de 2018 | 15h25

O ambiente de negócio em Angola está a melhorar consideravelmente, resultado das políticas implementadas pelo Executivo que incentiva o aumento dos investimentos no país, afirmou nesta quarta-feira, em Luanda, o ministro conselheiro da embaixada da Noruega em Angola, Hávard Hoksnes.

Em declarações à imprensa, na cerimónia em que o Executivo fez a apresentação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022), ao corpo Diplomático acreditado em Angola, Hávard Hoksnes, sublinhou que entre as medidas adoptadas para aumentar os investimentos está  a facilitação dos vistos.

Adiantou que Angola é o parceiro económico mais importante da Noruega em África, tendo em conta o facto de ter companhias que estão presentes no País há 25 anos.

 “Temos grandes investimentos e parcerias com a Sonangol e outras companhias internacionais, estamos a ver novas possibilidades para novos investimentos no sector privado, mas também aumentar as nossas actividades no sector petrolífero”, disse.

Garantiu que a Noruega suporta pequenas e médias empresas no sector das pescas e agricultura, no âmbito do Fundo de Investimento para pequenas empresas que está avaliado em 50 mil milhões de dólares, destinados a contribuir na diversificação da economia para que o “país não esteja tão depende do petróleo”.

Por seu turno, a embaixadora da Namíbia, Cláudia Grace Uushona, considera o PND como sendo um documento de extrema importância para Angola, por detalhar todos os programas das diferentes áreas para desenvolvimento do país.

“Cada país tem uma visão que tem acções importantes para as áreas urbanas e rurais, bem como acções para financiamento devidamente detalhado. A Namíbia tem uma visão 2030 onde integram a visão importante para desenvolver o País”, frisou.

Realçou que na Namíbia existem dois bancos nacionais, mas existem também bancos privados, sendo que dois deles (Atlântico e BIC) estão também estão em Angola, contribuindo no fortalecimento da economia entre os dois países a nível do sector privado.

Apontou que economia namibiana depende em grande medida de Angola e as relações económicas são muito fortes nas fronteiras de Santa Clara e Cuando Cubango.

Já o ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, explicou ao corpo diplomático que existem um conjunto de reformas em curso para melhoria do ambiente de negócio.

Apontou a estabilização macroeconómica como sendo a condição necessária para o crescimento económico do país.

O Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022) tem 83 programas, 25 políticas e eixos, onde o Estado coordena, regula e fomenta o desenvolvimento nacional, com base num sistema de planeamento, nos termos da Constituição e da lei, sem prejuízo do respeito e protecção da propriedade privada das pessoas singulares ou colectivas da livre iniciativa económica e empresarial exercida nos termos da Constituição e da lei.

A sua elaboração envolveu  departamentos ministeriais e governos provinciais, que  identificaram  as  suas prioridades estratégicas para  este quinquénio.

O PND/2018-2022, documento que constitui o segundo instrumento de planeamento de médio prazo na sequência do Plano 2013-2017, foi aprovado pelo Executivo no dia 26 de Abril, durante a 4ª Sessão do Conselho de Ministros.

No total, realizaram-se 66 reuniões formais com os sectores (e dezenas de encontros informais) e 18 reuniões com as províncias.

 

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