CMC quer cooperação do Mirex na promoção do mercado de capitais

FOTO: GASPAR DOS SANTOS

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A Comissão de Mercado de Capitais (CMC) quer a cooperação do Ministério das Relações Exteriores (Mirex) para a promoção do mercado de capitais no estrangeiro assim como para o combate ao branqueamento de capitais e de dinheiros circulares, disse hoje, quinta-feira, a administradora executiva da instituição, Vera Esperança Daves.

A gestora, que falava à margem do seminário sobre “ O mercado de valores mobiliários e os crimes transfronteiriços” dirigido aos diplomatas e funcionários do Mirex , disse que a CMC quer que aquele ministério  ajude as conexões com suas congéneres  estrangeira nos países onde haja representações  diplomáticas angolanas.

“ Queremos que o Mirex nos ajuda a fazer a ponte com as diferentes congéneres estrangeiras para estarmos todos vigilantes, a fim de que os crimes de branqueamento de capitais e dinheiros circulares não ocorram e que caso se verifiquem sejam rapidamente reprimidos”, sublinhou a administradora.

Prosseguiu, dizendo que pretendem que o Mirex seja o braço na promoção do Mercado de Capitais através dos departamentos consulares e que estes estejam à disposição caso seja possível identificar cidadãos estrangeiros que legalmente tenham adquirido licenças para entrar em Angola mas que sejam criminosos.

 “ Queremos coisas mais práticas para que no futuro, quando o mercado estiver activo, todo esse processo seja identificado e corrigido. Estamos a preparar todo terreno para termos condições de reagir rapidamente logo que o problema surgir”, sublinhou a entrevistada.

De acordo com Vera Daves, é também objectivo da CMC criar todos canais para passar a facilidade, quer para locais quer para estrangeiros, de investir na bolsa. Estamos a nos preparar para conseguir agir caso seja necessário.

A respeito da estratégia da implementação do Mercado de Capitais, a gestora disse que está organizada em fases e que a primeira é o “mercado de dívidas públicas e a segunda de “dívidas corporativas”.

Relativamente ao “mercado de dívidas públicas”, disse ela, está agora no processo de selecção dos membros que vão tomar acento na bolsa e que têm responsabilidade de canalizar para a bolsa as intenções de investimento das pessoas.

Disse também, sem revelar, que aquele mercado já tem um membro inscrito e que existem outros três perto de reunir todos requisitos para tal.

Quanto ao “mercado de dívidas corporativas”, disse que estão num a fase de preparação das condições técnicas para que surja a central de valores mobiliários, onde será possível fazer a custódia desses valores, que é importante para que na segunda metade do ano tenha esse mercado já a funcionar.

Questionada sobre o mercado accionista, referiu:  ”estamos também a trabalhar no mercado accionista no lado das empresas. A CMC preparou um programa para as empresas e agora estamos a interagir com as entidades que vão ficar responsável pela sua implementação.

O CMC é uma instituição pública criada 2006 com o objectivo de promover o segmento de uma bolsa de valores de Angola.

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