CFM interrompe circulação de comboios de passageiros

HUÍLA: COMPOSIÇÃO DO CAMINHO DE FERRO DE MOÇÂMEDES  FOTO: AMÉLIA OLIVEIRA

HUÍLA: COMPOSIÇÃO DO CAMINHO DE FERRO DE MOÇÂMEDES
FOTO: AMÉLIA OLIVEIRA

28 Março de 2020 | 17h02 – Actualizado em 28 Março de 2020 | 17h25

O Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) no Lubango, província da Huíla, interrompeu desde hoje, sábado, a circulação de comboios de passageiro suburbano e de longo curso, no âmbito das medidas de prevenção de expansão do novo coronavírus (Covid-19). 

Assim, estão cancelados, num período de 15 dias, prorrogáveis, o comboio suburbano que faz a circular do Lubango, assim como o de longo curso Lubango–Namibe e Lubango-Menongue, todos de segunda à sexta-feira.

No comunicado, chegado hoje à ANGOP, a empresa pública justifica que a decisão foi tomada como forma de prevenir os seus funcionários, colaboradores e passageiros da pandemia da Covid-19, obedecendo ao estado de emergência, decretado pelo Presidente da República, João Lourenço.

No entanto, o CFM mantém a 30 por cento o transporte de carga, sobretudo de granito destinado ao Porto do Namibe.

O informe indica que em vez de dois comboios diários Lubango-Namibe e vice-versa, de transporte de blocos de granito e combustíveis, respectivamente, vão operar apenas três composições semanalmente.

O CFM faz as rotas passageiros Lubango-Menongue, mistos Lubango-Moçâmedes, Lubango-Menongue e Lubango-Tchamutete, enquanto que as composições de carga trazem gasóleo do porto pesqueiro de Sacomar ao Lubango, assim como granito da comuna da Arimba-Namibe, Namibe-Jamba e gás butano Sacomar-Menongue, o que perfaz cerca de 15 mil toneladas/mês.

Este caminho de ferro estende-se por uma linha de 905 quilómetros, da província do Namibe ao Menongue, província do Cuando Cubango, com 56 estações, passando pelo Lubango, onde tem a sua sede.

A rota beneficiou de obras de melhorias que iniciaram em 2006 e terminaram em 2014, numa empreitada que custou 1.2 milhões de dólares norte-americanos, para renovação da linha férrea e a construção de 56 novas estações.

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