Biocom ajuda país a poupar USD 170 milhões

MALANJE: AÇUCAREIRA DA FAZENDA BIOCOM FOTO: ARQUIVO

MALANJE: AÇUCAREIRA DA FAZENDA BIOCOM
FOTO: ARQUIVO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13 Maio de 2019 | 16h19 – Actualizado em 13 Maio de 2019 | 16h19

A Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) permitiu o país poupar, de 2015 a 2018, cerca de 170 milhões de dólares norte-americanos, com a produção nacional de açúcar e etanol, disse hoje o director de produção da empresa, Ricardo Guerra.

O gestor disse que com a produção de açúcar e etanol na ordem dos 55 e 50 por cento, respectivamente, o país poupou tais valores que seriam empregues na importação, caso não fosse produzido no país.

Fez saber que, em 2020, prevê-se uma poupança de divisas na ordem dos USD 80 milhões, com a produção local de 110 mil toneladas de açúcar (mais 37 que em relação a 2018) e 19 mil metros cúbicos de etanol neutro (mais dois mil), oito mil e 500 dos quais serão exportados para França e Suíça.

Falando no último fim-de-semana à margem de uma visita do governador provincial, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, ao empreendimento, o responsável adiantou que com esta exportação a Biocom vai encaixar 3,5 milhões de dólares norte-americanos, o que vai contribuir igualmente para o país obter divisas, bem como reforçar a tesouraria da empresa.

Acrescentou que para além de açúcar e etanol, a companhia perspectiva ainda durante a safra/2019, a produção de 55 megawatts de energia eléctrica, que vai representar um aumento de 34 megawatts em relação ao ano transacto.

Ricardo Guerra sublinhou que estes números são resultados das políticas do Executivo que visam aumentar a produção nacional e reduzir a importação de bens essenciais, por meio da implementação do Prodesi (Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações), cujos resultados estão já a surtir efeitos positivos na companhia.

Por sua vez, o governador provincial, Norberto dos Santos, mostrou-se satisfeito pelos resultados já obtidos pela Biocom no capítulo da produção e afirmou que, caso a empresa continue a imprimir a mesma dinâmica, poderá atender grande parte das necessidades do país em termos de consumo açúcar.

Referiu que o governo provincial, através do seu Gabinete local do Comércio, vai encetar contactos com a Biocom, no sentido de se certificar empresas de Malanje e de outras províncias, para facilitar o escoamento da produção, aspecto que tem sido alvo de críticas por parte dos cidadãos, que dizem não ter acesso ao açúcar nacional.

A Biocom está implantada no Pólo Agro-industrial de Capanda, no município de Cacuso, numa área de 81 mil e 201 hectares, dos quais 11 mil e 55 estão reservados à preservação da fauna e flora, 70 mil e 102 mil hectares virados à produção agrícola, prevendo até 2025, atingir a produção de 256 mil toneladas de açúcar.

Actualmente, o projecto conta com dois mil e 500 trabalhadores, entre nacionais e expatriados.

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