Aumenta número de cardiologistas no país

Fotografia: DR

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O número de cardiologistas em Angola passou de cinco para cerca de 80, nos últimos 12 anos, disse, em Luanda, o presidente da Sociedade Angolana de Doenças Cardiovasculares (SADC), Mário Fernandes.

“O número é ainda insuficiente, face às necessidades, mas há dez ou 12 anos eram quatro ou cinco”, informou Mário Fernandes, quando intervinha no II Congresso Angolano de Cardiologia e Hipertensão, que terminou no sábado.
Apesar do número reduzido de médicos especializados em cardiologia e do aumento dos problemas cardíacos entre a população, relacionados com a obesidade ou a falta de exercício físico, o especialista sublinhou a evolução do sector nos últimos anos, com a formação de mais especialistas, financiada, essencialmente, pelo Governo angolano.
Para o cardiologista, multiplicar o número de especialistas por dez numa década foi um esforço considerável, o que alimenta a ambição de, na próxima década, atingir os 200 ou 250 profissionais formados nesta especialidade.
Com o surgimento de novas universidades, a maioria das quais com cursos de saúde, o número de médicos formados no país tem estado a aumentar a cada ano que passa, acrescentou. Para Mário Fernandes, a aproximação dos números oficiais à realidade africana aponta para que “pelo menos 10 por cento da população adulta” que vive nas grandes cidades angolanas sofra de hipertensão arterial.
Deste total, entre dois a cinco por cento dos casos terminam em morte, “relacionada directamente com a hipertensão arterial”, acrescentou o médico.

Hipertensão arterial

“Temos uma alta incidência de acidentes vasculares cerebrais, insuficiência renal e cardíaca, relacionada, infelizmente, com a hipertensão arterial, desconhecida ou mal controlada”, apontou o cardiologista.
Além do reforço do número de especialistas, Mário Fernandes defende uma “prevenção em larga escala”, face à mudança dos estilos de vida das pessoas. O congresso decorreu sob o lema “Hipertensão Arterial Controlada: Angolanos Saudáveis”.
“Vemos cada vez mais hábitos higieno-dietéticos, traduzidos pela troca de alimentos saudáveis por comida rápida, e falta de exercício, com reflexos negativos na saúde”, realçou.

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