Auditoria interna fortalece empresas públicas e privadas

SECRETÁRIO DE ESTADO DAS FINANÇAS E TESOURO, OSVALDO JOÃO. FOTO: NELSON MALAMBA

SECRETÁRIO DE ESTADO DAS FINANÇAS E TESOURO, OSVALDO JOÃO.
FOTO: NELSON MALAMBA

06 Novembro de 2019 | 17h06 – Actualizado em 06 Novembro de 2019 | 18h27

O secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Osvaldo João, declarou nesta quarta-feira que a criação de uma classe forte e organizada de profissionais de auditoria interna contribuirá para que as empresas públicas e privadas estejam preparadas para futuros desafios.

Ao discursar na abertura da conferência anual de auditoria Interna, que decorre sob o tema “O tempo de auditoria interna é agora”, a criação de uma classe forte deve ser com base nas melhores práticas e nos princípios elementares da ética e da responsabilidade.

Referiu que o reconhecimento do Instituto de Auditores de Angola, como instituto de formação, estatuto outorgado pelo organismo reitor internacional, com sede nos Estados Unidos da América, irá suscitar o interesse e a adesão de um número crescente de profissionais nesta área.

“Procuramos garantir o equilíbrio da gestão orçamental, financeira e patrimonial do Estado, através de métodos e procedimentos de controlos alinhados com mais exigentes padrões internacionais”, disse.

Encorajou a extensão da auditoria interna a todos os sectores de actividade, como  financeiro, seguros, sistemas de informação, transportes e infra-estruturas.

Frisou que o Ministério das Finanças é o órgão do Executivo responsável por inspeccionar e fiscalizar todos os actos decorrentes da aplicação dos recursos colocados à disposição dos gestores públicos no âmbito da execução do Orçamento Geral do Estado OGE

Lembrou que todos estão colocados perante um conjunto de desafios no domínios da transparência nos actos de gestão e de boa governação, que obrigam a adoptar medidas para reforçar o combate aos erros premeditados, práticas ilícitas e aos actos fraudulentos de gestão – entre outros comportamentos que devem ser vigiados e reprimidos.

Recordou igualmente que está em curso o Programa de Privatizações – Propriv que prevê a privatização de 195 empresas, das quais 32 estão classificadas como empresas de referência nacional.

Na sua visão, a alienação dos activos no âmbito deste programa, que deverá vigorar até ao ano de 2021, obedecerá a várias modalidades e procedimentos, sendo que a maioria das 195 empresas detidas ou participadas pelo Estado deverão ser alienadas durante o próximo ano.

O sucesso deste programa depende, em grade medida, da percepção que os investidores tiverem sobre a sua boa governação.

“Este facto é ainda mais importante para as empresas que vierem a ser alienadas através da Bolsa de Valores – Bodiva, pois que as empresas com mecanismo, os de controlo interno mais adequados são, por norma, mais eficientes e têm por isso, maior probabilidade de serem financiadas por via do Mercado de Valores mobiliários”, reforçou.

Já o presidente do Instituto dos Auditores Internos de Angola, Ladislau Ventura, disse não existir número concreto da existência de auditores internos, porque a auditoria interna ainda não é uma profissão reconhecida, “é simplesmente uma função que é exercia por alguns funcionários, mas depois não há um investimento em termos de formação e retenção destes talentos, sendo um dos riscos e desafios a retenção de talentos”.

Segundo o mesmo, a auditoria interna é um controlo preventivo com finalidade face a existência de riscos nas empresas.

 O IIA Angola é a entidade representativa da comunidade nacional de auditores internos e dos profissionais de controlo interno e tem como bandeira o fortalecimento metodológico destes profissionais, sua formação, capacitação e permanente actualização, tendo como lema: Probidade, Desenvolvimento e Excelência Profissional. Foi fundado em 2010 e conta actualmente com cerca de 100 membros.

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