Antigos combatentes são apoiados

Fotografia: Domingos Cadência

Fotografia: Domingos Cadência

O Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria tem registados 160 mil antigos militares. Os dados foram apresentados, pelo ministro Cândido Pereira Van-Dúnem.

O ministro garantiu que os antigos combatentes beneficiam de protecção social no domínio da saúde, educação e habitação, além de receberem regularmente as suas pensões. O Executivo, disse, está a ampliar a rede de apoio aos 160 mil antigos combatentes e veteranos da pátria, na sua maioria com idades já avançadas, para que vejam minimizadas as suas necessidades.
Os filhos dos antigos combatentes vão ter melhores condições de estudo, para no futuro darem o seu contributo ao país.
Recentemente, o ministro Cândido Van-Dúnem garantiu que o Executivo vai criar uma base de dados, com o registo de todos os antigos combatentes e veteranos da pátria, revelou, em Luanda. O objectivo é controlar aqueles que lutaram pela pátria para facilitar o apoio que o Executivo tem para a sua reinserção social e reintegração na vida económica.
Cândido Van-Dúnem lembrou que os antigos combatentes merecem a maior atenção, respeito e cuidado de todas as instituições públicas e da sociedade. Disse que não é tarefa apenas do Executivo apoiar a sua reintegração socioeconómica. “O nosso propósito é alargar a percepção da sociedade para a causa dos ex-militares”, disse o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, reforçando que o Executivo, no Plano Nacional de Desenvolvimento, tem garantido apoio aos antigos combatentes. “Vamos criar condições, instrumentos e mecanismos eficazes para a defesa, protecção, promoção e dignificação social dos antigos combatentes e veteranos da pátria, disse o ministro Cândido Van-Dúnem.
Em todo o país, os antigos combatentes recebem apoios para participação no processo produtivo e de criação de rendimento familiar. Na província da Huíla, por exemplo, estão a ser criadas pequenas empresas. Uma delas é a recauchutagem instalada no município de Quilengues, construída e equipada com fundos do Governo Provincial para apoiar os ex-combatentes.
A pequena empresa foi entregue pelo governador João Marcelino Tyipinge para beneficiar mais de 70 pessoas de forma directa e indirecta os dependentes.
Rafael Mesquita, 54 anos, ex-militar das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), considerou a recauchutagem importante porque vai contribuir significativamente para a qualidade de vida dos antigos combatentes e seus dependentes. “A nossa idade avançou e não entrámos na Função Pública. Este programa do Governo permitiu sermos integrados no processo produtivo. Temos a missão de também participar no processo de reconstrução da Nação e esta é a forma positiva encontrada”, disse.
A recauchutagem está localizada junto à Estrada Nacional 105, que liga as províncias da Huíla e Cunene a Benguela, Cuanza Sul e Luanda. A estrada é um importante eixo regional, na qual circulam camiões provenientes da Namíbia e África do Sul. Para o sucesso dos trabalhos, o Governo Provincial da Huíla apetrechou-a com calibradores, macaco hidráulico com capacidade para suportar 30 toneladas, compressor, ferramentas e outros acessórios.
O administrador de Quilengues disse, na altura, que a abertura da recauchutagem em benefício dos antigos combatentes é a primeira experiência executada com fundos do Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e de Combate à Fome e à Pobreza.

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