ANPG e consórcio do bloco 14 acordam aumento da produção

CERIMÓNIA DE ASSINATURA DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO DO BLOCO 14 FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

CERIMÓNIA DE ASSINATURA DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO DO BLOCO 14
FOTO: ROSARIO DOS SANTOS

20 Fevereiro de 2020 | 13h54 – Actualizado em 20 Fevereiro de 2020 | 15h46

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e o grupo empreiteiro do Bloco 14 assinaram hoje, em Luanda, um memorando de entendimento para redemarcação da área de desenvolvimento do referido bloco e uma adenda ao plano de desenvolvimento, para aumentar a produção de petróleo.

A assinatura deste memorando vai permitir um incremento do valor actual líquido do Estado em aproximadamente 400 milhões de dólares.

Com base no acordo, haverá um investimento adicional no bloco de 600 milhões de dólares, aumento na produção na ordem de 51 milhões de barris até 2028, com impacto positivo para a economia de Angola.

A licença de exploração deste bloco, com uma produção actual de 55 mil barris/dia, foi atribuída em 1995 e entrou em actividade comercial em Dezembro de 1999.

Ao falar à imprensa, depois da assinatura do acordo, Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo, sublinhou o acordo permite a garantia de fundamento do abando das instalações da nova área de desenvolvimento.

O memorando entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e o grupo de empreiteiros (investidores) constituídos pela Chevron (Operador do bloco 31%), Total (20%, ENI (20%), Sonangol Pesquisa & Produção (20%) e a Galp (9%).

Com esse memorando estarão as três áreas de desenvolvimento numa única área, permitindo a perfuração de poços de pesquisa e poços de desenvolvimento, tendo em conta ao facto de a redemarcação ser feita com o objectivo de incluir as áreas do Kuito, Benguela, Belize e Lobito na área de desenvolvimento do Tombwe – Lândana, transformando-a numa única área de operação.

O bloco está com uma produção diária de 55 mil barris/dia.

Segundo Paulino Jerónimo, este acordo enquadra-se na estratégia do Executivo que visa atenuar o declínio acentuado da produção petrolífera, bem como a geração de mais postos de trabalho.

Deverá aumentar o petróleo bruto para a recuperação de custos da nova área para 65% efectivo a partir 1 de Abril de 2020, bem como ajustar a partilha do petróleo bruto para 80/20 a favor da concessionária nacional, perfurar um poço de pesquisa e seis postos de desenvolvimento.

Disse que vai aumentar o petróleo bruto para recuperação de custos 72,5 % após a perfuração dos poços, devendo a partilha do petróleo bruto passar para 90/10 a favor da concessionária nacional.

Por seu turno, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, considera a assinatura do memorando como sendo instrumento importante para a estabilização da produção petrolífera e também para o aumento de novos empregos no país.

“Este acordo tem a continuidade da produção neste bloco, com isso estamos também a dar passos importantes para produção petrolífera do país”, reforçou.

Por seu turno, o Director-Geral da Chevron em Angola, Derek Magness, considera importante a assinatura do memorando para a revitalização da exploração e produção petrolífera no Bloco 14.

“Conseguimos assinar um acordo de redemarcação que negociamos com o governo há mais de um ano. Isto permite-nos ampliar o nosso campo de operação e o desenvolvimento novos recursos”, disse.

Destacou que com a política do Governo de aberturas e oportunidades, este será um bom passo, no sentido de melhorar a colaboração da Chevron.

Com a assinatura destes acordos as partes comprometem-se a trabalhar em conjunto para acelerarem o desenvolvimento de novos recursos, com vista ao aumento da produção diária de barris diária do país estimada em 1,4 milhões de barris/dia.

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