Angola tem novos sítios para património mundial

CAROLINA CERQUEIRA, MINISTRA DA CULTURA FOTO: ALBERTO JULIAO

CAROLINA CERQUEIRA, MINISTRA DA CULTURA
FOTO: ALBERTO JULIAO

28 Maio de 2018 | 18h31 – Actualizado em 29 Maio de 2018 | 05h09

Angola vai trabalhar com a Unesco para a elevação de Cuito Cuanavale, Tchitundu-Hulu e do Corredor do Kwanza a património mundial, anunciou nesta segunda-feira, em Paris (França), a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira.

Cerqueira falava à imprensa no final da visita do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, à sede da UNESCO, onde se inteirou do funcionamento da organização e comprometeu-se em continuar a valorizar a cultura, educação e a formação profissional, em coordenação com os programas que esta instituição coloca ao dispor dos Estados membros.

A ministra informou que a UNESCO vai trabalhar com Angola na assistência técnica, para a elevação dos três sítios a património mundial.

Na sua intervenção, disse que a visita do Presidente angolano demonstra a “satisfação”, pelo apoio da UNESCO no processo de elevação de Mbanza Kongo a património mundial.

Segundo a ministra, durante a visita do Estadista angolano, a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, manifestou a disponibilidade de continuar a apoiar todas as candidaturas que Angola achar oportunas para valorizar o património mundial.

Manifestou ainda a disponibilidade em dar sequência ao plano de formação de quadros, com base no projecto existente, com o patrocínio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Por outro lado, referiu que a UNESCO vai também colaborar com Angola na efectivação do projecto de cultura de paz, denominado Bienal de Paz, que terá lugar em 2019.

O projecto culminará com a realização, em Angola, de uma conferência sobre a paz na região, uma oportunidade de discussão dos países africanos sobre a necessidade da paz, do diálogo e da tolerância, para a harmonia e coexistência pacífica entre os povos.

De acordo com a governante, o mesmo propõe-se à educação da juventude, incutindo nela os princípios da paz e da convivência pacífica.

A UNESCO recordou as responsabilidades de Angola sobre a valorização e promoção de Mbanza Kongo, aconselhando a uma aposta no trabalho conjunto com a RDCongo, Congo e o Gabão para o efeito.

A organização manifestou ainda a necessidade de reactivação do CICIBA, tendo em conta a sua importância na promoção de estudos e investigação sobre os aspectos culturais da região.

O Chefe de Estado deixou Angola no último domingo (27) com destino a França, devendo, posteriormente, rumar para a Bélgica. Tem o regresso previsto para o dia 6 de Junho.

As relações político-diplomáticas e de cooperação entre Angola e França iniciaram a 17 de Fevereiro de 1976, ano em que Paris reconheceu a independência de Angola, culminando com a assinatura, a 26 de Julho de 1982, do Acordo Geral de Cooperação.

No quadro da deslocação de João Lourenço, os dois países deverão assinar vários acordos de cooperação, com realce para os domínios da defesa, agricultura e formação de quadros.

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