Angola substitui tropas na missão da SADC no Lesotho

COMANDANTE DAS FORÇAS DA SAPMIL, SABINO DUNGUIONGA FOTO: ANTÓNIO ESCRIVÃO

COMANDANTE DAS FORÇAS DA SAPMIL, SABINO DUNGUIONGA FOTO: ANTÓNIO ESCRIVÃO

18 Julho de 2018 | 16h36 – Actualizado em 18 Julho de 2018 | 16h35

Trinta e quatro militares das Forças Armadas Angolanas (FAA), que integravam a Missão de Prevenção da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) para o Reino do Lesotho (SAPMIL), regressaram ao país nesta quarta-feira, tendo sido substituídos por igual número de efectivos do mesmo exército.

O grupo substituto chegou hoje à capital do Lesotho (Maseru), onde dará seguimento a missão, soube a Angop na capital daquele reino.

De acordo com o comandante das Forças da SAPMIL, Sabino Dunguionga, a substituição é parte de um processo normal de rotatividade da tropa e permite aos que partem se juntar aos familiares, bem como solucionar questões pessoais no país.

Dirigindo-se à tropa antes da partida, o comandante Sabino Dunguionga elogiou os militares pela disciplina e dedicação demonstradas durante a missão, exortando-os a manterem esses valores.

Angola tem destacado no Reino do Lesotho, desde Novembro de 2017, um contingente de 162 militares, no quadro da Missão de Prevenção da SADC.

Trata-se de um missão que decorre a pedido das autoridades locais, com vista a ajudar o país a debelar a situação de crise política reinante, agravada com o assassinato, por subordinados, do Chefe das Forcas Armadas, Khoantle Motsomotso, em Setembro de 2017.

Angola detém a presidência rotativa do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, mandato que passará para a Zâmbia em Agosto próximo.

A SAPMIL recebeu um mandato inicial de seis meses que terminou em Maio do corrente ano, tendo a SADC, em cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização regional realizada em Abril, em Luanda, prorrogado por um período de seis meses, Novembro de 2018.

O Reino do Lesotho, país membro da SADC, situado no interior da África do Sul, com uma superfície de 30 mil quilómetros quadrados e uma população estimada em dois milhões de habitantes, vive uma crise política crónica, caracterizada por sucessivos golpes e tentativas de golpes de estado, tendo registado o assassinato de dois chefes das forças armadas, em Junho de 2015 e Setembro de 2017.

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