Angola regista maior crescimento da África Subsariana desde 2007

Foto: Pedro Parente

Foto: Pedro Parente

Angola registou o maior crescimento económico da África Subsariana, desde 2007, sendo dos países mais ricos em termos de Produto Interno Bruto (PIB) per capita”, informou o responsável do Departamento de Desenvolvimento do Território e das Parcerias Público-privadas do Ministério da Economia, Rui Simões. Ao dissertar o tema “Desenvolvimento de Clusters em Angola”, no quadro do seminário sobre “O Desenvolvimento de Clusters”, ressaltou que a economia nacional cresceu de forma sólida na última década, num quadro macroeconómico em melhoria.

Segundo o gráfico apresentado pelo especialista, que elucidava os deputados sobre a importância dos Clusters (ecossistemas para o fomento da inovação e de novos negócios), em 2012 Angola registou uma taxa de 122,5 em PIB em USD nominais. Entre 2007 e 2012, esclarece o gráfico, a Taxa Média de Crescimento do PIB Real foi de 9,10 porcento e o PIB per capita cifrou-se em 6.070 USD nominais.

Um outro Relatório do Progresso de África, realizado  pela África Progress Panel (uma organização que reúne dez personalidades preocupadas com o futuro de África, incluindo a moçambicana Graça Machel) mostra que  Angola está entre os 10 países africanos em que o rendimento per capita mais cresceu entre 2000 e 2012.

O documento mostra que entre estes países, Angola é o 2.º com maior crescimento do PIB per capita (uma taxa média anual de mais de 6%), Cabo Verde o 4.º e Moçambique o 8º. A esse respeito, Rui Simões indicou que o crescimento económico de Angola tem sido progressivamente convertido em maior bem estar para a população e sublinhou que a diversidade económica está em curso, com menor peso do sector do petróleo.

Ainda assim, referiu o profissional do Ministério da Economia, o sector do petróleo continua a dominar a economia. Disse, por outro lado, que o objectivo de promoção de clusters é definidor das políticas nacionais (de promoção expressão de clusters), sectoriais (em metas e medidas de políticas das tutelas), territoriais (em projectos estruturantes que  alavanquem os clusters e dos projectos estruturantes no Plano Nacional de Desenvolvimento.

O desenvolvimento de clusters, explicou, permite criar vantagens comparativas que reforcem o posicionamento competitivo do país em cadeias produtivas de elevado valor acrescentado. O consultor do Ministério da Economia, João Hrotko, que apresentou o tema “O Desenvolvimento de Clusters – Conceptualização e Expansão”, explicou que os clusters criam valor através de sinergias, ao longo da mesma cadeia. Acrescentou que os clusters possibilitam às empresas ganharem acesso a fornecedores e clientes críticos, tendo seis principais blocos constituintes.

Acrescentou que em Angola, o aprofundamento dos clusters estruturantes poderá passar pela análise de maior detalhe (em clusters  especializados) e pela escolha de projectos de vanguarda que se poderão constituir como factores aceleradores do desenvolvimento dos clusters.

O Seminário sobre “O Desenvolvimento de Clusters”, encerrado esta tarde, foi promovido pela Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional. Visou dotar os deputados de mais conhecimentos sobre a matéria, no âmbito do fortalecimento das capacidades internas e consequentemente na melhoria da prestação deste órgão de soberania.

O seminário contou com dois painéis temáticos, o primeiro, versado ao “Desenvolvimento de Clusters”, abordou questões como “Criação e Expansão de Clusters e sua Contribuição para o Crescimento Harmonioso e Sustentável das Economias”, “Experiências em Países em Via de Desenvolvimento” e o “Clusters como Factor de Geração de Externalidades Positivas”.

O segundo painel t abordou o tema “A estruturação do Desenvolvimento de Clusters em Angola”, tendo incluído temas dedicados ao “Programa Nacional de Desenvolvimento e os Pressupostos para a Constituição de Clusters”, “Clusters Prioritários e Mega Clusters à Luz do Programa Nacional de Desenvolvimento – Sua Evolução” e “Clusters como Instrumento de Diversificação da Economia Angolana”.

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