Angola recebe material de combate à pandemia

Foto: Cedida

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Foto: CMO

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27 Junho de 2020 | 13h48 – Actualizado em 27 Junho de 2020 | 13h48

Diverso material de combate à Covid-19 em Angola foi doado, nesta sexta-feira, por duas instituições filantrópica em Portugal. 

A primeira doação é um aparelho “PCR/RT” composto por um kit de mil analises de testagem à covid-19, destinada a Universidade angolanaMandume ya Ndemufayo,  para apoiar as unidades de saúde da província da Huíla, no diagnóstico da Covid-19.

Para além dos equipamentos doados,  a Universidade vai também receber formação laboratorial para apoiar as unidades de saúde da referida província no diagnóstico da Covid-19.

A outra doação  insere-se no âmbito do apoio dado pela Câmara Municipal de Oeiras e pela Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

Assim, foi oferecido a Angola um conjunto de equipamentos de tratamento médico e proteccão individual para fazer face a crise provocada pelo Covid-19.

O pacote entregue,  sexta-feira, ao Embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Francisco Gonçalves, e pelo Representante Diplomático do Imamat Ismaili, Nazim Ahmad, incluiu dois ventiladores, 10 mil máscaras cirúrgicas, 10 mil pares de luvas e duas mil máscaras reutilizáveis.

Esta doação faz parte da iniciativa solidária de ajuda aos PALOP, que tem um valor total superior a 700 mil euros.

O projecto destinado a apoiar países africanos de língua portuguesa no combate à Covid-19, foi lançado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-UNL), pelo Centro Ciência LP, sob os auspícios da UNESCO (Ciência LP) e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a cidade do Lubango ( Huíla) em Angola, em aumentar a sua capacidade laboratorial.

Numa accão conjunta com o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (Cibio).

Sobre a doação do aparelho, Carlos Almeida Pereira, da Universidade do Porto, disse que a maquina por si só necessita de um aparato especifico para testagem à covid -19 e é constituído por estes kits enzimas e reagentes muito específicos para o covid-19.

Para o director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Filomeno Fortes, o apoio é de extrema importância por ser um compromisso que assumiu com Angola.

Segundo a fonte, há três meses as instituições já referenciadas iniciaram uma actividade de desenvolvimento de uma “tasque force” para apoiar os países africanos de língua oficial português.

Falando de Angola especificamente, disse que preocupa porque a vizinha Namíbia, neste momento, está com uma situação a agravar-se da transmissão da doença.

A província da Huíla funciona como tampão para  Angola, naturalmente dá apoio ao Cunene, Cuando Cubango e  Namibe, pelo que a instalação deste laboratório vai permitir que o país possa começar a monitorar essa situação com a Namíbia e com a população da Huíla.

Afirmou, por outro lado, que a doença começa a ter temperaturas mais baixas,  pressupondo-se que as doenças respiratórias neste momento vão começar a aumentar, daí ser preciso haver capacidade para diagnóstico diferencial entre as doenças respiratórias e à Covid-19.

Para o embaixador Carlos Alberto Fonseca, a acção se reveste de grande importância nas relações entre Angola e Portugal, tendo em conta a valência dos equipamentos técnicos e científicos para o reforço da capacidade laboratorial do ensino superior angolano, nomeadamente, da Universidade Mandume Ya Ndemufayo.

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