Angola reafirma apoio as reformas na ONU

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES,TÉTE ANTÓNIO FOTO: PEDRO PARENTE

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES,TÉTE ANTÓNIO
FOTO: PEDRO PARENTE

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou, nesta segunda-feira, o apoio de Angola as reformas do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

De acordo com o governante, que discursava na cerimónia comemorativa do 75º aniversário das Nações Unidas, o apoio é extensivo a posição da União Africana (UA), através do Consenso Ezulwini, que defende a expansão do número membros permanentes do Conselho de Segurança, uma representação africana com dois membros permanentes, com direito a veto, e com cinco membros não permanentes.

“Mas também gostaríamos que enquanto não se realiza a reforma do Conselho de Segurança, uma voz mais forte do continente africano e a reflexão dos interesses do continente africano dentro das decisões do Conselho de Segurança deve ser uma prioridade”, frisou  o governante.

Conforme o ministro, Angola defende, igualmente, a inserção efectiva de quadros angolanos nas organizações internacionais e em especial nas Nações Unidas e suas agências. “Devemos recordar que num estudo recente realizado pelas Nações Unidas, indica Angola como um dos países sub-representados e mesmo mal representados no que diz respeito aos quadros dentro da organização”, disse.

Téte António adiantou que, perante desafios, Angola conta com a contribuição dos parceiros para incrementar acções no capítulo do desenvolvimento, tendo em conta o crescimento económico sustentável, a implementação de políticas contra à emergência climática, da seca e desertificação, da protecção ambiental, em coordenação com a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris sobre o Clima.

Como membro da ECOSOC, disse, Angola continua a defender que o processo de desenvolvimento não deve ser associado da acção forte das nações unidas. “O continente africano não deve ser considerado apenas como um mar de problemas, mas também é uma terra de oportunidades. Só o desenvolvimento poderá contribuir para mitigarmos um modelo quadro que descrevemos acima”, asseverou.

Durante a sua intervenção, o ministro destacou ainda a contrbuição de Angola na procura de solução para os conflitos no continente africano.

A nível regional, adiantou, Angola continua a trabalhar, em colaboração com as Nações Unidas e outras organizações, em acções destinadas a promoção da cultura de paz.

“Cumpre a todos nós preservar e fortalecer os ideais de um mundo mais justo, pacífico e próspero, livre das grandes endemias e de conflitos.  A comunidade internacional não tem alternativa viável senão o reforço do multilateralismo, que tem nas Nações Unidas o seu melhor sinónimo”, asseverou Téte António.

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