ANGOLA REAFIRMA APOIO ÀS REFORMAS NA ONU

Téte António, ministro das Relações Exteriores (Arquivo)

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou, esta segunda-feira, em Belgrado, República da Sérvia, o apoio de Angola às reformas nas Nações Unidas, para permitir maior representatividade regional.

Ao intervir na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Movimento dos Países Não-Alinhados, Téte António disse que Angola defende o Consenso de Ezulwini, que prevê para o continente africano dois membros permanentes no Conselho de Segurança, com direito a veto, assim como cinco membros não-permanentes.

Na sua intervenção, o chefe da diplomacia angolano manifestou a solidariedade de Angola com todos os povos que ainda aspiram à autodeterminação e reafirmou o seu apelo para o levantamento do embargo contra Cuba.

De acordo com o governante angolano, o mundo continua a enfrentar vários desafios de ordem  económica e social, e com o surgimento da Covid-19 as atenções devem ser centradas na prevenção e combate desta pandemia, incluindo a garantia do acesso equitativo à vacina a todos os países do mundo.

“Algumas das consequências resultantes desses desafios são a migração forçada das populações, a mudança climática, o elevado número de desempregados e a diminuição do poder de compra, em particular às populações mais vulneráveis”, salientou.

Neste sentido, apelou aos países do Movimento no sentido de continuarem a redobrar esforços para que a situação pandémica não venha a agravar o desequilíbrio já existente entre os países, devendo a questão da dívida merecer a maior atenção.

“A actual situação sanitária mundial não só trouxe uma reflexão sobre a necessidade do mundo adoptar novas prioridades, em especial as questões relacionadas com o direito à água, alimentação, habitação e saneamento, a assistência sanitária, assim como no desenvolvimento de novos planos e programas que visam melhorar o bem-estar das nossas populações”, sustentou.

O Movimento dos Países Não-Alinhados foi formalmente criado na Conferência de Belgrado, em 1961, sob os princípios de preservação das independências nacionais, não integração em nenhum bloco militar, recusa do estabelecimento de bases militares estrangeiras, defesa do direito dos povos à autodeterminação e luta por um desarmamento completo e geral.

Angola é membro da organização desde 16 Agosto de 1976.

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