Angola quer investimentos do Dubai
10 Setembro de 2019 | 13h35 – Actualizado em 10 Setembro de 2019 | 13h35
O ministro angolano dos Recursos Mineiras e Petróleos, Diamantino Azevedo, apelou nesta terça-feira aos investidores do Dubai a colocar Angola na lista de prioridade de investimento no sector da mineração em África.
“Contamos com os vossos investimento e com a vasta experiência e competências, para transformar os objectivos traçados em realidade tangível”, convidou Diamantino Azevedo na abertura do 2º roadshow sobre promoção de cinco concessões mineiras em licitação.
De acordo com o governante, Angtola está a busca da atracção de investidores internacionais que aportem à economia com capital financeiro, tecnologia avançada e o know how.
Com esta aposta, de acordo com governante,o Executivo quer edificar em Angola uma economia baseada num crescimento “forte” e sustentado.
Dirigindo-se para mais de 70 investidores, falou das reformas em curso no País, com destaque para a Lei do Investimento Privado, no quadro da melhoria do ambiente de negócios e a atracção de capital externo.
A aprovação do Código Mineiro, que regula as actividades geológicas e mineiras e a regulamentação do regime fiscal para a indústria mineira, são entre outros passos dados, que segundo Diamantino Azevedo e reflecte-se na posição privilegiada de investimento directo estrangeiro na sub-região da África Austral.
Ainda sobre o sector dos recursos mineiras sólidos, o governante descatou a aprovação de uma política de comercialização de diamantes, estudos sobre a criação de uma Agência de Recursos Mineirais, que será a concessionária para os diamantes e outros recursos mineiros.
A institucionalização de uma bolsa de diamantes, para formatar a realidade com as melhores práticas realizadas com sucesso no mundo, é outra aposta do sector.
Aos investidores presentes foi ainda transmitida informações sobre a privatização parcial da empresa diamantes “ENDIAMA”, cujo capital estará disponível na bolsa de valores.
Com a sua privatização parcial, a Endiama passa a dedicar-se exclusivamente ao seu objecto social, que é a exploração mineira, concorrendo em igualdade de circunstancias com os demais operadores.
A conclusão do Plano Nacional de Geologia (Planegeo), que efectua o levantamento geológico-mineiro de todo o país, foi outra informação transmitida aos investidores.
“Contamos com os vossos investimento e com a vasta experiência e competências, apelando e convidando-vos a colocar Angola na nossa lista de prioridade ao investir na mineração em África, para transformar os objectivos traçados em realidade tangível”, convidou Dimantino Azevedo.
Depois de Dubai, o próximo evento será em Beijing, no dia 16 de Setembro, seguindo-se Londres, enquanto o último roadshows será em Nova Iorque, no dia 30 de Setembro.
A primeira apresentação técnica das concessões mineiras foi feita a 27 de Agosto último.
A iniciativa resulta da intenção de colocar em concurso cinco concessões mineiras, sendo duas de diamantes nas províncias angolanas da Lunda Norte (Camafuca-Camazambo), e Lunda Sul (Tchitengo), uma de ferro (Kassala Kitungo), na província do Cuanza Norte, e duas de fosfatos, nas províncias de Cabinda (Cácata), e Zaire (Lucunga).
Estudos feitos entre os anos 60 e 70, na região de Kassala Kitungo, Cuanza Norte, indicavam a existência de reservas de ferro estimadas em 600 milhões de toneladas.