Angola manifesta sentimento de pesar por Portugal

FOTO: NELSON MALAMBA

FOTO: NELSON MALAMBA

A secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, manifestou sentimentos de pesar ao povo português, pela morte de dezenas de cidadãos, no incêndio que se regista na região de Pedrógão Grande, desde sábado último (17).

Ângela Bragança expressou tal sentimento na tarde de terça-feira (20), depois de assinar o livro de condolências na Embaixada de Portugal em Angola, na presença de diplomatas seniores desta missão.

Falando à imprensa nacional, em representação do ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, a secretária de Estado referiu ser um momento de profunda tristeza e dor, quer para as famílias que perderam os seus entes no fatídico incêndio, quer para todos quanto vivem e convivem com este momento “arrepiante de comoção”.

“É sempre uma missão difícil apresentar condolências, principalmente neste caso tão trágico, por toda carga emocional que envolve toda uma comunidade, um povo, uma Nação”, disse.

Lembrou que trata-se de uma Nação amiga, um povo com quem os angolanos partilharam parte significativa da história e trabalham para a paz e desenvolvimento.

Referiu ser com sentida emoção que, em nome do Governo de Angola e do seu povo, prestou homenagem ao povo português pelas vítimas da tragédia de Pedrógão Grande, pelas crianças que pereceram, pela dor e luto dos demais.

A assinatura do livro de condolências surge na sequência de uma nota enviada pelo Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos santos, ao seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, em que manifestou consternação pela tragédia.

O incêndio de Pedrógão Grande está a ser considerado o maior já registado em Portugal, tendo já consumido mais de 30 mil hectares de floresta, feito 64 vítimas mortais e acima de 400 desalojados.

O estado português decretou três dias de luto nacional.

No distrito de Leiria, entre Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra e Aguda já arderam 25.969 hectares desde o passado sábado. Já no concelho de Pampilhosa da Serra o fogo consumiu outros 7310 hectares, a que acrescem outros 481 hectares no concelho de Oleiros, distrito de Castelo Branco, segundo o EFFIS.

Estes números colocam a tragédia de sábado como a mais negra de sempre no país em termos de incêndios. Não só em número de vítimas, mas também de área ardida.

O fogo de Cachopo, em Tavira (Julho de 2012), passa a ser o segundo maior, com 24.843 hectares de área ardida, seguido pelo de Ulme, na Chamusca, que em Agosto de 2003 destruiu 22.190 hectares.

FacebookTwitterGoogle+