Angola e Congo abordam reforço da cooperação

VICENTE MUANDA, EMBAIXADOR DE ANGOLA NA REPÚBLICA DO CONGO FOTO: FRANCISCO MIÚDO

VICENTE MUANDA, EMBAIXADOR DE ANGOLA NA REPÚBLICA DO CONGO FOTO: FRANCISCO MIÚDO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

20 Fevereiro de 2019 | 19h23 – Actualizado em 20 Fevereiro de 2019 | 19h36

Os mecanismos para o reforço da cooperação no domínio dos petróleos entre as repúblicas de Angola e do Congo estiveram em abordagem terça-feira, em Brazzaville, durante uma audiência concedida ao embaixador angolano neste país, Vicente Muanda, pelo ministro dos Hidrocarbonetos, Jean Marc Thystere Tchicaya.

De acordo com uma nota da representação diplomática angolana, durante a audiência o embaixador Vicente Muanda analisou com o governante congolês o estado da Comissão de Unitização de Lianzi, que desenvolve o processo de exploração de petróleo e gás na fronteira marítima comum.

Ambos admitiram ser um “acordo exemplar” pela forma como os dois países partilham o recurso petrolífero na zona transfronteiriça de Lianzi (Blocos 14, Angola e, Alto Mar – Congo Brazzaville).

O diplomata angolano informou também sobre o processo de reformas no sector petrolíferos, das quais se destaca: as novas leis do segmento do petróleo e gás, o desenvolvimento de novos campos para atrair novos investimentos, a reestruturação da Sonangol, que deixará de exercer o papel de concessionária, e a privatização da grande parte das suas participadas.

Na ocasião, o responsável reconheceu a posição de Angola no contexto da exploração petrolífera na África Subsaariana, acrescentando que, apesar da crise que se vive com a queda do preço do petróleo, os países da OPEP estão a trabalhar na estabilidade do sector.

Na ocasião, o governante congolês falou da necessidade do aumento da troca de experiência entre técnicos do sector de petróleos dos dois países e na formação de quadros do sector.

A produção no campo de Lianzi resulta de um acordo entre os dois países, em 2002, com o objectivo de fazer a exploração conjunta das estruturas geológicas transfronteiriças no Bloco 14 (Angola) e Alto Mar (Congo).

Os ministros dos Petróleos de Angola e dos Hidrocarbonetos do Congo, bem como os presidentes dos conselhos de administração da Sonangol e da Empresa Nacional dos Petróleos do Congo SNPC são membros desse órgão inter-estatal de gestão, que tem uma presidência rotativa com a duração de um ano.

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