Angola desmente alegado cativeiro de empresário mauritano

MINISTRO DAS RELACÇÕES EXTERIORES, MANUEL AUGUSTO, DESMENTE CATIVEIRO DE EMPRESÁRIO MAURITANO EM ANGOLA FOTO: JOAQUINA BENTO

MINISTRO DAS RELACÇÕES EXTERIORES, MANUEL AUGUSTO, DESMENTE CATIVEIRO DE EMPRESÁRIO MAURITANO EM ANGOLA
FOTO: JOAQUINA BENTO

04 Julho de 2018 | 08h07 – Actualizado em 04 Julho de 2018 | 11h13

O ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto, desmentiu, segunda-feira, informações segundo as quais o empresário e antigo candidato presidencial mauritano, Rachid Mustafa, estaria sob cativeiro em Angola.

Em declarações à imprensa, após a sua participação na terminada Cimeira da União Africana (UA), em Nouakchott, na Mauritânia, Manuel Augusto afirmou que Mustafa sofreu um acidente aéreo, a bordo de um avião que havia descolado de Ponta Negra, na vizinha República do Congo, com destino a Luanda.

Rachid Mustafa desapareceu no dia 21 de Maio de 2010, quando viajava de Ponta Negra (República do Congo) para Luanda, num avião do Grupo Chicoil angolano, sem que o aparelho – um B2-00, de fabrico norte-americano – tenha deixado rasto.

Segundo o ministro, as buscas efectuadas na altura pelas autoridades angolanas não permitiram localizar os destroços do avião, muito menos confirmar que o acidente tivesse efectivamente ocorrido em território nacional.

Por outro lado, acrescentou Manuel Augusto, as autoridades angolanas sempre lideram com Rachid Mustafa como um empresário mauritano que desenvolvia normalmente a sua actividade empresarial em território angolano, e nunca tinha chegado ao seu conhecimento que se tratasse de um ex-candidato presidencial.

Numa carta alegadamente endereçada ao ministro angolano das Relações Exteriores, que está a circular nas redes sociais, a família de Rachid Mustafa pede a intervenção do Governo angolano para o esclarecimento do caso.

Um jornalista mauritano quis saber do ministro se Angola tinha conhecimento de que Rachid estaria vivo e sob custódia de uma pessoa não identificada que o mantinha sob cativeiro, no país, tal como alegado pela sua família e conforme a especulação geral na Mauritânia.

Manuel Augusto disse que o Governo de Angola não tem conhecimento de tal facto e que, a admitir-se a possibilidade de Rachid Mustafa estar vivo, o seu suposto cativeiro, também a existir, não estaria certamente a acontecer em território angolano, mas num outro país qualquer.

Descrito como um “riquíssimo homem de negócios”, originário da localidade de Guerou, em Assaba (leste da Mauritânia), Rachid Mustafa foi candidato presidencial em 2007, segundo informações a circular naquele país.

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