Angola assina acordo para agricultura familiar na CPLP

MINISTRO DA AGRICULTURA E FLORESTAS, MARCOS NHANGA (ARQUIVO) FOTO: PEDRO PARENTE

MINISTRO DA AGRICULTURA E FLORESTAS, MARCOS NHANGA (ARQUIVO) FOTO: PEDRO PARENTE

20 Julho de 2018 | 19h31 – Actualizado em 20 Julho de 2018 | 19h30

Angola assinou nesta sexta-feira, em Lisboa, na pessoa do ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, um acordo para valorização da agricultura familiar nos Estados membros da CPLP, denominado “Carta de Lisboa”.

Os demais estados membros da CPLP já rubricaram o referido acordo a sete de Fevereiro deste ano (2018), em Portugal. Angola não assinou na altura por indisponibilidade.

Após a assinatura, o ministro Marcos Nhunga reafirmou que em Angola a agricultura familiar é a sua base e responsável pela produção de mais de 80 porcento daquilo que se consome no país.

O que Angola vai fazer, frisou o governante angolano, é trabalhar no sentido de cumprir com os 17 compromissos assumidos nessa área, já que a agricultura familiar tem um papel fundamental na agenda 20/30.

O país, referiu, pretende também trabalhar no sentido de cumprir e promover acções que criem uma agricultura sustentável a nível do grupo dos países membros.

Realçou que Angola tem muito trabalho a fazer, principalmente na facilitação de crédito,  estruturar o crédito a nível dos camponeses, aumentar os factores de produção, buscar esquemas de comercialização que facilitem o transporte da produção.

O ministro ressaltou a necessidade de os governos estabelecerem mecanismos para que essa produção possa ser aproveitada.

Para o governante,  a Carta de Lisboa representa para Angola e para CPLP o reconhecimento, identificação e promoção da agricultura familiar.

Por sua vez, o ministro luso da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, considera fundamental a cooperação no domínio da agricultura entre Portugal e Angola.

Informou terem  já alguns projectos em fase adiantada de cooperação, como da inovação, investigação, sanidade vegetal e animal, que são fundamentais para o ciclo de desenvolvimento que o País está a atravessar e, naturalmente, que uma cooperação só é produtiva quando funciona nos dois sentidos.

Os dois países, realçou, estão interessados que empresários portugueses possam se instalar em Angola e vice-versa, assim como estão interessados em estimular o comércio agrícola nos dois sentidos.

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