Angola apela ao debate permanente sobre fluxo ilegal de armas em África

 EMBAIXADOR DE ANGOLA NA ETIÓPIA, FRANCISCO DA CRUZ FOTO: CEDIDA


EMBAIXADOR DE ANGOLA NA ETIÓPIA, FRANCISCO DA CRUZ
FOTO: CEDIDA

O embaixador de Angola na Etiópia, e Representante Permanente junto da União Africana e Comissão Económica das Nações Unidas para África, Francisco da Cruz, apelou hoje, quinta-feira, o Conselho de Paz Segurança da União Africana, no sentido deste órgão ter como preocupação permanente na sua agenda a questão do Fluxo Ilegal de Armas no continente.

O diplomata falava nesta quinta-feira, na sede da União Africana, em Addis-Abeba (Etiópia), durante uma Sessão Aberta do Conselho de Paz e Segurança, dedicada ao tema: Fluxo Ilícito de Armas de Pequeno Porte em África.

Para o diplomata, o comércio ilegal de armas fomenta a violência, cria instabilidade e mina a segurança dos países, pondo em causa o seu desenvolvimento e Estado de Direito, refere em nota o Serviço de Imprensa da Embaixada de Angola na Etiópia.

A seu ver, os conflitos em África continuam a ser fomentados pela venda ilegal de armas, alimentada pelo tráfico de drogas e pela exploração ilegal de recursos minerais.

 “O fluxo de armas ilícitas ameaça processos de Paz e de Reconciliação Nacional em vários países do continente africano, pondo assim em causa o roteiro principal da União Africana sobre os passos práticos com vista a silenciar as armas ate 2020, afirmou.

Acrescentou que, neste contexto, o sucesso das iniciativas e esforços a nível da União Africana, para a erradicação do comércio ilegal de armas requer um forte compromisso internacional, incluindo a nível das Nações Unidas, mas, sobretudo, por parte das nações que produzem e fornecem tais armas.

Quanto a Angola, como um país que durante cerca de três décadas sofreu os efeitos nefastos do fluxo ilegal de armas, as autoridades continuam “profundamente preocupadas com esta questão, devido ao seu impacto negativo na segurança e estabilidade dos países, especialmente, em África”, declarou.

Francisco da Cruz frisou que em Angola o combate à proliferação e ao comércio ilícito de armas ligeiras e de pequeno porte constitui uma preocupação da agenda do Governo, no âmbito da sua política de Paz e Reconciliação Nacional.

A título de exemplo, referiu que em Abril de 2008, o Governo Angolano adoptou um programa de acção para o desarmamento da população civil que definiu a estratégia de recolha de armas de fogo  ilícitas.

Afirmou que, para qualquer país que viveu uma situação de guerra o desarmamento da população civil é uma condição “sine qua non” para a paz e estabilidade.

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