Algodão para indústria têxtil do país vai ser importado

FOTO: ANTÓNIO ESCRIVÃO

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Vinte mil toneladas é a quantidade de algodão fino que as indústrias têxteis Satec, na província do Cuanza Norte, Textang II, em Luanda, e África Têxtil, na província de Benguela, vão necessitar de importar, anualmente, quando arrancarem com a produção de tecidos nos próximos meses.

A importação dessa matéria-prima será para cobrir o défice que o país tem para fazer funcionar as indústrias, mas a compra no exterior será reduzida de forma gradual, tendo em conta o investimento que o país está a fazer na produção de algodão, afirmou em entrevista à Angop o ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga.

“Nos primeiros anos, vamos ter que importar a matéria-prima, mas depois vamos reduzir paulatinamente, porque 20 mil toneladas/ano, com a nova tecnologia nós podemos produzir e não precisamos muito para tingir esse volume de produção de algodão em fio”, disse.

Esclareceu as razões da importação, pois nessa altura os produtores privados estão a preparar os seus projectos para dar início à produção local de matéria-prima.

Quanto à produção de algodão do sector familiar, afirmou que estão a ser criadas as condições de apoio a esta franja de produtores e vão começar na província do Cuanza Sul, onde já existe uma área preparada, assistência técnica e água, para se atender de facto as necessidades da indústria nascente.

O ministro acrescentou também que foram concedidos terrenos aos privados em Malanje, Cuanza Norte, para produzir algodão, e no futuro em Benguela.

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