Agricultura foca-se na redução das importações

PAÍS TEM UM GRANDE POTENCIAL AGRÍCOLA MAS CARECE DE ALTA TECNOLOGIA FOTO: ROSÁRIO DOS SANTOS

PAÍS TEM UM GRANDE POTENCIAL AGRÍCOLA MAS CARECE DE ALTA TECNOLOGIA
FOTO: ROSÁRIO DOS SANTOS

16 Abril de 2018 | 15h44 – Actualizado em 16 Abril de 2018 | 19h03

O Ministério da Agricultura e Florestas está a trabalhar para contribuir na redução das importações aumentando a produção nacional e melhorando o agro negocio, disse hoje, segunda-feira, em Luanda, o secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, Carlos Alberto Jaime.

Ao falar na abertura do workshop para promover e incentivar a participação de uma delegação angolana na 20º exposição e congresso agrícola internacional, denominada “Agritech Israel 2018”, que decorre de 8 a 10 de Maio, na cidade de Tel Aviv, em Israel, encorajou os empresários angolanos a participar do evento por ser uma oportunidade para o empresariado nacional expor as potencialidades.

Disse que as relações entre os dois países estão num bom momento, tendo em conta a necessidade que Angola tem de aumentar a produção nacional para o processo de diversificação da economia.

Já o embaixador israelita em Angola, Oren Rozemblat, considerou que a potência da economia de Angola está na agricultura, que necessita de alta tecnologia agrícola, elemento que Israel tem sucesso e quer aumentar a cooperação com o país, tendo em conta do facto de ter mercado suficiente.

“A nossa cooperação na área da agricultura é natural. Temos muita cooperação, mas nós queremos mais, porque Angola tem oportunidade para mais e mais”, disse.

Segundo o embaixador, o governo de Israel investiu mais de dois milhões de dólares norte-americanos, há dois anos, para área de agricultura.

Por seu turno, a vice-presidente da Confederação Empresarial de Angola (CEA), Filomena Oliveira, entende que o Angola deve concentrar-se e aproveitar as potencialidades agrícolas que tem.

Para a responsável, é necessário juntar a tecnologia e investigação ao empresariado para em conjunto desenvolver o sector agrícola nacional, porque o país precisa de tecnologia, acesso à formação, crédito e um ambiente de negócios propício para o desenvolvimento da agricultura.

A cooperação entre os dois estados materializa-se nos domínios da agricultura, saúde, educação, construção, diamantes, defesa e telecomunicações e continua a crescer com a presença de empresas israelitas nos sectores  público e privado, tendo em vista o alcance de objectivos comuns.

As relações diplomáticas entre Angola e Israel iniciaram em 1993. Dois anos depois o Estado de Israel abriu a sua embaixada em Angola e, em 2000, a representação diplomática angolana foi aberta junto do Estado hebreu, concretamente em Tel Aviv.

No quadro dessa cooperação, o governo angolano envia à Israel, anualmente, pelo menos 20 cidadãos para formação em diversos domínios do conhecimento.

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